DIÁRIO [12/03/2016]

 

12/03/2016 16h43
AMANHÃ
 

 
 
Se for como hoje, amanhã será o dia da coxinha encharcada!
 
 
Estava de boa, que é como fico quando fico à toa. Então veio a ideia, pensei: "bem! Se eu escrever pode ser que ela vire poesia". Então acionei meu material bélico: papel em branco, caneta preta, mão pálida e cérebro cinza. Pronto! Veio um turbilhão de ideias de uma só vez, todas as mais de trocentas por mim consideradas como potenciais poesias. No aperto de excesso de ideias, nenhuma escapou com vida. Por isso coloquei assim meio de lado, papel, caneta, mão e cérebro. Tudo ao alcance para ficar fácil de pegar quando uma ideia de novo aparecesse. Anzol e isca preparados à espera para quando aparecesse de novo a vontade de minhoca entre os peixes, se aparecesse eu pegaria-os pelo rabo e até pela barriga. Apareceram, peguei cada uma das ideias com vontade boba e imprudente de minhoca. Mais de cem viraram mancha de papel. E o mesmo quero fazer com  o que ainda aparecer com vontade de morrer na ponta da caneta. Quero lhes mostrar seu verdadeiro papel. Tomara que pelo menos três delas ganhem uma sobrevida de poesia. 
 
 
Não existe resposta absoluta para um problema imanente. Aqui dentro é assim, tudo é limite e inexiste liame. O absoluto deve estar lá fora guardado em algum Arquivo-X.
 
 
Minha cabeça está que explode... Viajei de ônibus durante sete horas, com os ouvidos sem querer se entupindo de funk carioca e pagode.
 
 
Goiania, 12 de março de 2016.