Amigos Cibernéticos

Amigos Cibernéticos

 

Hoje eu acordei pensando na vida como se não houvesse amanhã. Ao me olhar no espelho embaçado pelo vapor da água quente do banho, logo pensei nesta foto. Percebi que mesmo não havendo amanhã, eu vivi intensamente momentos inesquecíveis e que foram únicos em minha vida. 

Há mais de dez anos troco ideias cibernéticas com uma adorável. Família brasileira de Rio Verde, em Goiás. Conhecia-os sem conhecer pessoalmente, praticamente toda a família, e passei a viver um pouco de suas vidas a mais de dez mil quilômetro de distância. Vivi a alegria e a tristeza de uma família de artistas do interior de Goiás. Uma família que se ama de verdade e que tem um grande coração e que vive bem no meio do Brasil, esse meu Brasil Brasileiro.

Ao que parece estou predestinado a ir ao encontro desses amigos da era moderna! Foram noites e mais noites de bate-papos, uma espécie de conversa pelos dedos, pois, não há dialogo falado, a gente ri calado, e fala sem falar. Os dedos vão tocando as letras no teclado do computador e a conversa vai aparecendo na tela. 

E assim foram anos conversando desse jeito até que, de repente, não mais que de repente, a grande surpresa! O tal esperado encontro, e que encontro! Quatro dias de muito bate-papo com olhos nos olhos. As noites se arrastaram pelas madrugadas na cozinha ao lado do fogão. O bule azul esmaltado foi ficando preto de tanto café e a emoção foi tomando conta de cada cantinho da casa. 

Débora Graciano, Ed Steadicam, Gabriel G. Artie e Estevão. Decidiram me fazer ainda mais feliz e dividir comigo, Mimi Dolnick, Rogy (coelho) e Sabine (gatinha) suas alegrias e momentos de suas vidas. Além dos bate-papos madrugadas adentro, passei a ser uma espécie "guia turístico" e fomos caminhando pela cidade dos ventos, como se estivéssemos encenando mais uma parte de nossas vidas, que por acaso, já seriam vividas... Como na letra de uma música de "Antônio Marcos", que foi meu chefe e que jogamos futsal juntos... "Como vai você".

Para finalizar esse encontro de momentos mágicos, como um bom guia turístico, levei meus amigos (que agora nos conhecemos pessoalmente) no Kingston Mines. Foi uma consagração e, como não poderia deixar de ser, a emoção tomou conta de nossos corações. As lágrimas encheram nossos olhos, pois estávamos bem próximos das legendas dos ícones, deuses do Blues.Claudette Miller e Linsey Alexander nos fizeram chorar de alegria e emoção, porque são gigantes da música, gigantes do Blues.

Por isso eu pensei hoje pela manhã, se não houver amanhã... Como fui feliz, e por isso eu sempre digo,  - eu nasci pra ser feliz e feliz eu sou - !

E assim caminha a humanidade...

Sergio Goncalves
Enviado por Sergio Goncalves em 01/03/2016
Reeditado em 30/04/2016
Código do texto: T5559737
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