Os Shorts da discórdia

Hoje resolvi falar novamente sobre o tema feminismo. Mais do que isso, resolvi dissertar sobre os protestos que ocorreram no colégio Anchieta, que pediam a liberação do uso de shorts por parte das meninas. Mas para que fique bem argumentado, irei separar em três partes o que se deve ter em conta:

* O que o colégio não deveria ter feito.

* O que o colégio deveria fazer.

* Se tudo der errado, salve-se quem puder.

Então comecemos pela primeira parte: O que o colégio fez errado, mesmo? Simples, justificou a proibição com, basicamente, o seguinte argumento: " Não pode porque vai distrair os colegas homens e os professores homens". Aí é que está o erro. Ok, não foram essas as exatas palavras, mas, foi isso. Irá distrair os homens.

Com um argumento desses, obviamente que a água iria pegar fogo. E com razão, já que esse argumento é totalmente machista. Na verdade é um argumento tão ruim que não vale a pena discutir, visto que estamos em 2016, somos evoluídos o suficiente para saber porque isso é errado, não? É quase como saber que não se deve pôr o dedo na tomada porque dá choque. Espero que sim, ou talvez eu tenha muita fé em vocês.

Por isso, passo para a outra pergunta: O que o colégio deveria fazer? Pois bem, para quem achava que esse escritor seria um super liberal e iria sugerir logo uma liberação para qualquer vestimenta, seja homem ou mulher, sinto dizer, não é bem assim. Escola é uma instituição de ensino séria e deve ser respeitada. Não vale qualquer vestimenta, e não se pode fazer o que quiser.

Tanto para homens, quanto para mulheres, deve-se respeito a educação, mesmo ela sendo falha, até porque, depois da escola, o mercado de trabalho não irá te dar moleza. Saiba que lá não é você quem escolhe a roupa que vestir. E se resolver protestar, bom, a rua será seu destino iminente.

Por isso, se eu fosse o diretor do Anchieta, faria uma reunião com os líderes de turma e debateria a forma que melhor se encaixar nos gostos de cada um, sem deixar de lado, o respeito ao ambiente em que se está. Shorts muito curtos, nem pensar. Calção de jogador de futebol, que mostra muito a perna, nada. Ficar sem camiseta, nem pense nisso. Calça korova e saruel, jamais. Mas isso é porque é horrível mesmo. Roupas apropriadas para um ambiente apropriado. De ambos os sexos.

E caso não se chegue a um consenso entre as partes, vem o terceiro item: Se tudo der errado, salve-se quem puder? Não. Se for para ser desigual, então será exigido uniformes. Todo mundo padrão escola militar. Talvez não tão rígido, mas que seja igual. Tanto homens quanto mulheres. Respeito à educação, é isso aí. Só não vale ficar sem merenda. Ou papel higiênico. Nem materiais escolares, ou carteiras defeituosas, goteiras no teto. Porque daí não dá para exigir nada.

Enfim, vote em mim. Farei uma escola padrão FIFA. Ou padrão Marques de qualidade. Se bem que, a julgar pela qualidade dos meus textos, talvez não seja assim tão padrão. Mas vai ser bom, eu acho.