A carne nada vale

Expressão mais que verdadeira para traduzir o Carnaval, festa pagã em que a maioria dos brasileiros se transformam com a desculpa de que nesta data tudo pode e não é verdade aquilo que os outros pensam dele. A carne na verdade nada mais é do que a roupagem grosseira que o Espírito enquanto encarnado usa em uma de suas etapas, a procura da evolução moral e espiritual. Uma roupagem que apesar de grosseira deveria ser preservada de tudo aquilo que a manchasse, pois essa é a aparência que escolheu (o Espírito) na hora de reencarnar e é com essa aparência que o mesmo se apresentará na hora da prestação de suas contas aqui na Terra. Longe de mim dizer que esse ou aquele está errado ou certo, mas o fato é que quanto mais analiso essa data, dela quero mais me afastar, pois a minha mente não suporta tanta hipocrisia e gastança sem responsabilidade nenhuma, o que vai com certeza pendurar suas dívidas cada vez mais aqui na Terra e no além.

Um corpo requer cuidados que estão a cargo do Espírito e quando esse tem sua mente vazia ou desequilibrada ele sofre as consequências muitas vezes não compreendida pelo seu comandante. Por isso é que há muitos anos nesta data, me recolho em um congresso onde a sua grande maioria tem verdadeira aversão ao evento, ali estudamos, confraternizamos, aprendemos mais e mais sobre nós e nossas limitações não só do corpo físico, mas principalmente do nosso Espírito, de onde viemos, para onde iremos depois de vencido o tempo a nós conferido perla espiritualidade maior. E depois, há depois e só colocarmos em prática o aprendido e vivermos de consciência limpa e feliz, porque a vida continua, assim nos ensinou Chico Xavier. Sei que os que dessa festa fizerem uso também irão viver felizes, porque satisfizeram a vontade do seu espírito, mas e depois...?