O que eu aprendi

Você quer mesmo saber o que eu aprendi na escalada da vida?

Aprendi a amar de forma incondicional.

Aprendi a perdoar e esquecer.

Aprendi a não me martirizar por fatos pretéritos.

Aprendi a ser focada, determinada e obstinada em meus ideais.

Aprendi a conversar olhando nos olhos do ouvinte.

Aprendi a sorrir das minhas próprias escorregadelas.

Aprendi a não desejar mudar as pessoas, mas aceita-las como elas são.

Aprendi a falar o necessário e emudecer gritando (se preciso for).

Aprendi que o homem é responsável por suas escolhas.

Aprendi que a vida não dá uma segunda chance.

Aprendi que muitos que se dizem humanos, são totalmente desumanos e irracionais em suas condutas comportamentais.

Aprendi que a psicologia ajuda, a psiquiatria prescreve medicamentos indispensáveis e o homem decide sua vida.

Aprendi que conhecimento é poder.

Aprendi que só os esforçados sobrevivem (em sentido latu).

Aprendi que a preguiça é um salto para a miséria.

Aprendi a cavar poços cotidianamente, mesmo quando opositores saqueiam e entulham nossas mais suadas e belas conquistas.

Aprendi que triunfos e conquistas despertam inimigos em potencial.

Aprendi que a inveja é a podridão dos ossos.

Aprendi que política é terreno eivado de areia movediça.

Aprendi que o homem é tendencioso a ser injusto, ingrato e insano em muitos momentos.

Aprendi que a melhor universidade que nos graduamos, é justamente na Universidade da Vida, e que, diferentemente das tradicionais, jamais conquistamos diplomas nem colamos grau.

Aprendi que os animais em certas situações são mais humanos que muitos homens que já cruzaram meu caminho.

Aprendi que esperar recompensa de outrem é um salto para a decepção e um voo para a solidão.

Aprendi que estar na própria companhia é, sem dúvida, um grande privilégio.

Aprendi que solidão acompanhada é uma desventura.

Aprendi a ouvir a voz do coração, mas precisei aprender a desapontá-lo algumas ou muitas vezes.

Aprendi que o coração é enganoso.

Aprendi que respirar fundo e olhar além dos olhos do semelhante é virtude de poucos.

Aprendi que em certas situações é melhor deixar a ‘banda passar’ de que acompanha-la e sair machucada pelo acidente de percurso.

Aprendi que é em vão amontoarmos riquezas, pois, inevitavelmente, partiremos de mãos abanando.

Aprendi que tendo sustento e com que nos vestir, estejamos com isto, alegres.

Aprendi que para escrever nossa história levamos vários anos, mas para destruí-la pode ser num piscar de olhos.

Aprendi que muitos homens sequer são autores da sua própria história.

Aprendi que ser marionete nas mãos alheias, rende excelsa tristeza, fria decepção e burrice ao quadrado.

Aprendi que o homem é menino em vários aspectos da vida.

Aprendi que Deus nos concede o livre arbítrio, mas que há um momento de acerto de contas com Ele e não podemos fugir desse ajuste.

Aprendi que mesmo sendo forte, destemida e valente, nutro um terrível e admirável medo: Entristecer o Espírito Santo de Deus.

Aprendi que devemos ser solidários e pacientes com os nossos semelhantes.

Aprendi a sorrir e sacudir o pó em meio às não poucas desventuras da vida.

Aprendi que o homem, em sua essência, é mau e que nada devemos esperar dele, a não ser o mútuo respeito.

Aprendi que os filhos crescem, seguem sua vida, mas jamais esquecem as lições de vida que lhes ensinamos em tenra idade quando estavam sob nosso comando.

Aprendi que os pais são anjos de Deus e que colhem aquilo que plantam.

Aprendi a cumprir agenda e ser disciplinada em todas as esferas da vida.

Aprendi que a educação pode mudar o mundo externo, mas também possui o poder sobrenatural de revolucionar o mundo interior do homem educado.

Aprendi a amar e adorar a Deus, mas respeitar quem ama Maomé, Buda, deuses egípcios, imagens de escultura, seu próprio umbigo, etc e tal.

Aprendi a alimentar meu corpo, zelar por ele, mas descobri que minha alma estava faminta e hoje a alimento-a diariamente com a Palavra de Deus.

Notem que estou apenas aprendendo a viver!

Sigo caminhando...

Vou sobrevivendo...

Vou aprendendo; afinal, estou em fase de aperfeiçoamento e intenso crescimento.

Minha cédula de identidade exibe a 'bagatela' de meio século de vida!

Portanto, tenham paciência: Sou apenas um bebê!

Fátima Burégio
Enviado por Fátima Burégio em 08/01/2016
Reeditado em 15/01/2016
Código do texto: T5504487
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