O ATRASO DO BRASIL NA EDUCAÇÃO

Como é triste sabermos da situação em que a educação brasileira apresenta. Cada vez mais o assunto ganha pauta na vida do brasileiro, seja nas redes sociais, na internet, em reportagens de telejornais, periódicos e até mesmo numa simples conversa face a face. A coisa está caótica! É o ensino público brasileiro em frangalhos, governantes despreocupados com a educação, pais conformado com o comodismo dos filhos e, principalmente, desvios de verbas públicas . Não raro os livros vêm sendo substituídos pelos bens materiais, celulares e computadores, realizando o prazer do jovem do ‘’possuir’’ e não do ‘’ser’’. Ou melhor, a educação brasileira é interpretada como uma mera obrigação de ir à escola ou a faculdade, o simples ''pensar dentro do quadrado''. Deveria ser o avesso: investir conhecimentos próprios do estudante para a melhoria da humanidade ou da ciência. Deixar de ser obrigação é quase impossível de se acontecer.

Acontece que o Brasil vai de mal a pior em praticamente todos os indicadores educacionais, apesar dos investimentos serem mais altos do que Canadá, Estados Unidos e Alemanha. Cerca de 75% dos alunos do Ensino Médio da rede pública não conseguem a proficiência mínima em leitura. E, aproximadamente, 95% dos mesmos saem do Ensino Médio sem conhecimentos básicos em Matemática. São números alarmantes. Mas não pense você que isso atinge apenas ‘’a turma do fundão’’;ainda assim os mais dedicados saem aprendendo o básico. O sistema educacional público brasileiro deixa muito a desejar, é evidente, no entanto não merecido ao cadafalso. O que falta é uma reorganização do ensino público. Como, então? Uma nova cultura de ensino? Uma seleção severa de eleger políticos pelo maior nível profissional e escolar? A meu ver, seriam alternativas. É um palpite. Entretanto, esse nível de educação não dá para aguentar! Todo brasileiro deveria ter educação de qualidade, não importando a sua situação socioeconômica.

E não é só no ensino regular que estamos mal. Segundo informações coletadas em 2000 pela OCDE(Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), apenas 16,8% dos brasileiros tinham diploma de graduação. Pateticamente, atrás de nossos vizinhos Colômbia (23%) e Bolívia(35%). Além disso, para agravar a situação, dados mais recentes da OCDE, de 2011, mostraram uma piora no índice: 13% da população até então tinha a graduação no currículo. Isso evidencia que não basta apenas ostentar uma posição entre as dez maiores economias do mundo, se o número de formados em Ensino Superior é desanimador diante até mesmo dos subdesenvolvidos Cazaquistão e Azerbaijão. O número tão baixo representa ou a falha da educação brasileira ou da ociosidade do estudante. Cá entre nós, o gosto do povo brasileiro pelo estudo é muito pequeno em relação ao povo europeu ou norte-americano. Aliás, o Brasil nunca ganhou um Nobel. Também, ser cientista não é bem-vindo por aqui, né?

Por isso, finalizo dizendo que nada está perdido com a nossa educação. É preciso mais força e vontade da sociedade para convertermos esse quadro assustador. Como dizia o sábio Padre Antônio Vieira, a boa educação é moeda de ouro; em toda parte tem valor. Não sei se vai durar anos, décadas ou séculos...Sei que é possível.

Pedro Viegas
Enviado por Pedro Viegas em 19/12/2015
Reeditado em 06/04/2020
Código do texto: T5485278
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2015. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.