OS ABALOS SÍSMICOS NOS ACAUTELAM PARA FORTALECERMOS AS ESTRUTURAS DAS EDIFICAÇÕES...

Assisti toda a sessão do senado ontem, 25/11/2015,dia atípico em sessão de pauta única, e, também, histórico. Pela primeira vez um senador da República, Delcídio do Amaral (PT-MS), tem a licença de seus pares para continuar detido, em consonância com a determinação do Supremo Tribunal Federal, mediante gravações e provas incontestes em flagrante delito do nobre parlamentar. Foram 59 votos pelo sim e mirrados 13 pelo relaxamento da prisão. Ganhou a sociedade com a decisão. Se queremos moralizar as Instituições da República temos que enfrentar todas as salvaguardas indevidas que, a título da proteção do mandato, ensejam a impunidade. Exceto na inviolabilidade do crime de opinião, qualquer ato ilícito deve atingir a todos, independente da investidura de cargos. Curioso observar que dos 13 votos pró liberdade do colega trancafiado, todos têm pendências na Justiça, ou seja, no STF. E todos os membros daquela Instituição sabem o que representou este louvável precedente, ou seja, abriu portas para o fim da mamata do guarda sol da impunidade. E desconfio, sinceramente, de que se a sessão caminhasse pelo voto secreto teríamos desagradável desfecho, a desgastar mais ainda a reputação do Congresso Nacional frente aos cidadãos. Nada paga ver os arroubos do discurso de Jáder Barbalho na defesa do anonimato da votação, em sofismas de verdades torcidas, tentando empurrar a decisão para o conforto do "confessionário" distante do enfrentamento público, televisionado em tempo real. E as expressões de risos amarelados de muitos, senão de todos, especialmente de Fernando Collor de Melo. É certo que aves de rapina do oportunismo oposicionista granjearam minutos de confessos democratas, apesar de falsos e de rabos presos com o mal feito, faz parte do teatro. A nota do PT não poderia ser mais oportuna, deixando o infrator responder por si, sem o apoio do Partido, afinal agiu por conta própria e em ato condenável e não partidário. Assim, de escândalos e tropeços, vamos arrumando a Casa legislativa, moralizando costumes, construindo alicerces perenes para a nossa sofrida Democracia. O mérito foi da sociedade, da transparência das redes sociais, enfim, da vida democrática.