Em certas circunstâncias da vida em que já fizemos a nossa parte e que dependemos de aguardar respostas que fogem do nosso controle, uma inevitável inquietação nos domina.

E nessas horas para alguns bate aquela compulsividade de roer as unhas, devorar um pacote inteiro de bolachas ou mergulhar num mar de ansiedade.

A expectativa de esperar sair o resultado de uma classificação em uma prova,  de um resultado de um exame suspeito,  uma resposta de entrevista de trabalho, um telefonema de alguém especial , a chegada de um bebê, o dia do casamento, o dia da festa de 15 anos para as debutantes  e tantas outras situações que somos dominados pela angustia da espera que corroí cada minuto com total crueldade.

E dominada por esta ânsia resolvi me abrigar em uma pitangueira que tenho no meu quintal, carregada de pitangas, saboreando as frutas, pude observar a natureza daquela árvore, que ali estava para me servir com seus saborosos frutos.

Sem ansiedade e sem stress, a pitangueira faz a parte dela e aguarda que alguém colha seus frutos que por sua vez estão ali para serem colhidos. E se ninguém colher, eles apodrecem, caem e voltam para terra, cumprindo o ciclo natural da vida. E no momento seguinte, a árvore sem revolta  floresce e novamente produz seus frutos, cumprindo majestosamente a parte que lhe cabe na natureza.

E assim é a nossa vida, tudo acontece a seu tempo, da forma que tem que acontecer, com ou sem stress, nada irá alterar o curso dos acontecimentos.

Este é o nosso livre arbítrio, atravessar com tranquilidade ou com turbulências emocionais.

Nós humanos temos esse direito de escolha.
HILDA STEIN
Enviado por HILDA STEIN em 19/11/2015
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