MEDIUM INTER ET URBI

(cidades médias do interior)

Hoje vivemos numa realidade estressante nos centros urbanos e não precisa ser nas metrópoles. Pois nas cidades de médio porte, no interior do País também acontece esse estresse urbano.

Nas cidades médias do interior do País temos congestionamentos nos horários de pico, temos transportes coletivos lotados. Há uma correria para sair do trabalho e buscar o filho na escola. Filas para almoçar em restaurantes populares self-services. Noites mal dormidas. Barulho excessivo. Quem mora em uma grande nas cidades médias do interior já sabem na pele, na mente, nos ouvidos ou nas pernas do que se trata tudo isso.

Nesse cenário pouco agradável e nada saudável vivem cerca de 60% da população urbana. São citadinos com acesso a colégios, universidades, cinema, teatro, hipermercados, shoppings, internet, Smartfones e computadores e outros meios eletrônicos modernos e que envelhecem a cada mês. E com informações planetárias instantâneas. E nessa soma de informações, obrigações e desejos, a possibilidade de encontrar o bem-estar físico e psíquico parece minada.

Na contramão de um mundo cada vez mais conturbado, mais e mais pessoas buscam o equilíbrio nessa corda bamba. Tal preocupação com a qualidade de vida começou a ganhar espaço na década de 1990, quando a aceleração do processo de urbanização passou a influenciar a vida das pessoas e o meio ambiente. Conceituar e traduzir essa mudança em números úteis à realização de políticas públicas passou a ser um novo desafio.

E os poderes públicos precisam urgentemente debruçar seriamente e com capacidade real de solução para oferecer os serviços de acesso à saúde, educação, segurança, transporte de qualidade, limpeza urbana com qualidade, parques e áreas verdes. São projetos básicos e imprescindíveis que ajudam a diminuir o estresse urbano.

O médico Eduardo Tosta, professor e pesquisador da Faculdade de Medicina da Universidade de Brasília (UnB), afirma que viver em metrópoles predispõe naturalmente situações estressantes. “Hoje vivemos amedrontados com o que poderá acontecer nos momentos seguintes. Assaltos e sequestros passaram a fazer parte de nossas preocupações cotidianas, levando-nos a adotar novos hábitos e condutas movidos pelo medo. Tornamo-nos reféns. Tais fatos geram irritação e ansiedade, comprometem nossa qualidade de vida e facilitam o aparecimento ou agravamento de várias doenças”, diz Tosta.

Esse estresse gera uma ansiedade crônica que compromete os relacionamentos interpessoais, manifestando-se na redução da paciência e da tolerância e no aumento da hostilidade, do ressentimento e da agressividade. E a pessoa ansiosa tende a adotar estilos de vida destrutivos. Hábitos tais como: o uso de tabaco, álcool, o excesso de alcaloides (café e chocolate), drogas ilícitas e lícitas (ansiolíticos e hipnóticos), além de apresentar tendência para o sedentarismo e para os distúrbios alimentares.

Fonte: Dr. Eduardo Tosta – UnB-DF

É isso aí!

Acácio Nunes

Acácio Nunes
Enviado por Acácio Nunes em 24/10/2015
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