Feliz...feliz...feliz
Paramos em uma avenida agitada próximo ao horário do pico...às 17:00 horas.
Os caminhantes apressados...em seus passos até desconexos,o vai e vem dos desencontros.Seus celulares agora fazendo parte de seu cotidiano...será solidão?
A multidão observada pelos olhos atentos da alma disfarçada do poeta...reticente em suas metáforas reais.
O calor do primeiro dia de primavera as inconstantes corridas de mais um fim de dia trabalhado com risos,alegrias,quem sabe tristezas.
Fechamos o farol com o constrangimento que o momento requer.O medo de atrapalhar e a ansiedade de uma abertura adiante,até o fluxo dos carros seguirem para uma brecha,sair daquele embate,junto a demanda de buzinas.
De repente um jovem,com o rosto vermelho os olhos saltitantes,não sei, quem sabe seus desatinos,em ser um morador de rua gritava.
- Feliz...feliz...feliz...seu grito e sua postura do nada, refletia a angustia da perda... qual?
Olhando pelo retrovisor,sua figura só, sem apoio sem perguntas solidariedade, somente seu grito ecoava junto multidão alheia...contrastando, com sua solidão!
Quem era feliz...feliz será,sua felicidade perdida...ou sua mente vazia de amor junto à seu passado e sua agonia!