Amigo que o abraça por cheiro de dinheiro, não vale um tostão!

Não é assim?

Seu Honório Bondoso da Silva, homem culto, hospitaleiro, boa praça, braço aberto, etc., eram seus atributos naturais como veio ao mundo.

Não é raro?

Caro leitor. Há de concordar comigo que gente assim se conta nos dedos.

Nos tempos de bonança e fartura, era Honório daqui e dali.

Comer? Na casa do Honório!

Abrigo? Com seu Honório!

Conselho? Honório dá!

Dinheiro? Honório doava!

E assim, esse homem passou a vida sem dizer um não a ninguém!

Mas, como tudo na vida, vez ou outra, da marcha ré, Honório, coitado, de tanto acudir um desgraçado aqui e acolá.....ficou a míngua.

Paradeiro: Asilo dos Amigos! Olhem o nome, não é irônico?

O resto dessa via do Pretório até o Calvário todos já sabem: - Nem uma alma penada passava para ver o agora pobre Honório. E aqueles amigos de fé...sumiram como os urubus batendo asas pra outras bandas!

De tudo, sobraram alguns tostões que, ao menos, pagaram a passagem de seu Honório dessa para melhor.

Estêvão Zizzi
Enviado por Estêvão Zizzi em 23/09/2015
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