PANELAS E PANELAS

"Não me lembro de escutar suas panelas quando o Brasil era o país da fome!" - post dos "empadinhas" em defesa do governo da Dilma.

Respondo:

Este "suas panelas" no lugar de "nossas panelas" já demonstra a divisão, o uns contra os outros, o fomento ao choque de interpretação vazia, ao ódio. De minha parte dar o troco chamando-os de "empadinhas", também é controverso e nada simpático, faço-o a contragosto a título de exemplo. O vazio não está nas panelas, está no cérebro de muitos que não mais alojam uma mente que reflita, que pense, que pesquise e que tire conclusões mais profundas, individuais e apropriadas.

Quem bate panela é oposição. Naquela época, que o Brasil era o "país da fome", quem tinha que bater panelas era o PT. Agora as panelas estão sendo batidas pela corrupção, pela falta de administração, pelos rombos sem escrúpulos e pela falta de caráter e desfaçatez dos governantes... São panelas contra a corrupção e contra o descalabro. O PT entrou na política como um partido pretensamente honrado e ilibado e está saindo como corrupto, safado, semeador de discórdia, jogando pessoas contra pessoas, instigando diferenças raciais e de meritocracia, enfim enfiando os pés pelas mãos, apoiando a pedofilia, acabando com o que sempre consideramos a célula mater da sociedade. Sempre foi assim? Não, não era assim. O ódio permeia e os coxinhas e empadinhas se engalfinham e vão se transformar em pasteizinhos chineses. Praticamente já estamos transformados ou em processo de transformação, segundo a cartilha gramsciana.

A fome não acabou, a pobreza diminui, é certo; avanços sociais com finalidade eleitoreira foram feitos mas cobriu-se com o cobertor de um lado e descobriu-se de outro,

Alguma coisa melhorou para os pobres, sim, mas se a inflação persistir o efeito será contrário. Acabar-se-ão as bolsas e os cobertores e teremos mais pobres, a classe média e produtiva desempregada também terá fome, faltará comida e até papel higiênico nas prateleiras. Tiraram o dinheiro do cofre sem repor, sem investimentos que perpetuassem a solução, mantivessem a classe trabalhadora nos seus empregos e possibilitassem sobrevivência e emprego para a classe pobre...

É mentira que o Brasil tem reservas sólidas, que pode bancar o Brics, o Porto de Mariel, o metrô de Caracas, a hidroelétrica do Equador, autopista no Panamá, aqueduto na Argentina, barragem e aeroporto de Moçambique, para citar só alguns exemplos dos contratos velados do BNDES. É mentira que o Brasil, que tem a fome sob controle para manter o retorno eleitoreiro, tenha dinheiro sobrando para bancar todos estes países de governo totalitário, membros e simpatizantes do Foro de SP, Atrás disso existe uma segunda intenção, bastante clara, só não vê quem não pode mais ver ou quem não quer ver. Até parece que é tanto dinheiro no cofre que está a sair pelo ladrão. Em que pese o trocadilho, está mesmo saindo para os ladrões. Esta sangria indesejada tem que parar, o Brasil é um país rico e tem uma arrecadação enorme que, se for seriamente administrado, pode se tornar um exemplo e uma pátria livre, com cidadãos bem alimentados na mesa e na cultura. A pobreza pode acabar de maneira efetiva, a população pobre pode ser inserida na população profissionalmente ativa. País com população rica não precisa dar esmolas...

Enquanto isso as panelas continuarão batendo, as panelas da fome moral, da fome de honestidade, da fome de civilização, da fome de democracia, da fome de liberdade, da fome de cidadania em uma nação que valha a pena ainda para nós e nossos filhos. Façamos, portanto, o barulho das panelas valer também a pena.