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Olho no espelho e gosto do que vejo. Não brigo com ele. No entanto, ao me aproximar melhor, percebo algumas imperfeições. Uns pontinhos pretos sinalizando uns cravinhos no nariz, alguns irritantes fiozinhos brancos na sobrancelha, manchinhas de sol que aos 20 anos eu não tinha e algumas inevitáveis ruguinhas que o tempo me presenteou. 
Me afasto um pouco do espelho e me observo novamente. Ah... assim está melhor, bem melhor, murmuro feliz, somente de muito perto alguém verá essas imperfeições.

À medida que nos aproximamos das pessoas é que podemos ver como realmente são. Muitas vezes, devido a expectativa de perfeição que criamos, dá-se em nós uma grande decepção. Ele(a) não era o que pensávamos. 

Há muitos corações rasos nos quais não é aconselhável mergulhar com profundidade. Melhor ficar na superfície.

De perto ninguém é perfeito. Eu sei disso quando me olho bem de perto.
Suzana França
Enviado por Suzana França em 06/08/2015
Reeditado em 06/08/2015
Código do texto: T5336486
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