RECORDANDO...

Final de 2002, eleições presidenciais, estertores do governo FHC, pindaíba a ser solucionada por empréstimo do FMI ( Fundo Monetário Internacional, o mesmo algoz da Grécia que exige até os esqueletos dos gregos em garantia). A exigência do prestigiado e temido órgão internacional era a de que todos os postulantes em condições de ganharem a eleição presidencial daquele ano, assinassem um compromisso antes de liberarem o necessário socorro ao presidente que já havia torrado as maiores estatais na privatização, sob o mote de estabilização da moeda, o nosso REAL.

2003 - Assume Lula, pega o país em frangalhos, apesar da tal estabilidade. Toma decisões amargas, desespero para os que acreditavam que bastava sentar na cadeira de "todo poderoso" e resolver todos os males históricos do País Continente, inclusive do próprio neófito mandatário que chegou a dizer que a apregoada reforma agrária seria um dos seus mais expressivos e imediatos atos ( coisas de empolgação de campanha, provavelmente).

Naquela situação desesperadora, falta de planejamento, de visão de futuro herdados da gestão tucana, medidas recessivas com o aumento do superavit primário para se ganhar a confiança de investidores, grita geral na plateia afoita e esquerdopata, debandada dos que acreditavam, piamente, que as estruturas de Poder mudariam com as eleições via democracia burguesa, simples e pronto. As medidas só surtiram efeito no 2º ano de governo, com o PIB, depois da inércia de anos anteriores, registrar uma reação, assim, paulatinamente, foram implementadas políticas públicas de alcance social históricos, enfim mostrando a que viera um Partido surgido dos movimentos sociais e sindicais.

2011 - Dilma presidenta. Crise internacional longeva, primórdios de 2007. Medidas protecionistas na economia garantindo emprego e rendas, em contraponto com o cenário global. Apostas no desenvolvimento através da intervenção estatal como indutor da economia, empreendimentos em infraestrutura, políticas de distribuição de renda, majoração do salário mínimo acima da inflação, recomposição do poder

aquisitivo, diminuição da taxa selic aos mais baixos níveis da história recente. Manutenção e ampliação das políticas sociais que marcaram o ideário petista de governo Lula.

2015 - Situação internacional inalterada, Europa vivendo no pântano do desemprego, EUA em lenta recuperação, há dois anos o refreamento do crescimento Chinês... Ajustes necessários, restritivos como toda medida restritiva, correção de rumos e de desequilíbrios. Assim foi em 2003, retomando o leme da embarcação à deriva, assim será nos próximos anos, com reconquista de nossas perdas e avanços nas conquistas sociais tão necessárias. A oposição sabe disso, que é questão de tempo, então, para sobreviver, amplifica a Crise, acolitada por uma mídia incomodada com o governo de cunho popular.