Conversa de Rodoviária.

As duas mulheres sentadas no banco que dava de costas para o meu, falavam em finitudes com ares filosófico. Pena que a maior parte do que diziam eram apenas frases feitas.

E eu que nada tinha a fazer se não esperar o meu ônibus, ouvia tentando adivinhar seus rostos, idade...

Uma disse morar em Curitiba e odiava o frio. A outra morava em Recife e se queixava de “do calor que faz por lá”.

Eu ouvia a conversa como quem ouve uma história: sem nenhum julgamento, embora torcesse por um desfecho feliz.

Mas não houve desfecho algum. Ambas, após certo tempo, passaram a saltear o assunto e eu acabei por perder o interesse quando o foco da atenção delas passou a serem pessoas que circulavam na Rodoviária.

Anita D Cambuim
Enviado por Anita D Cambuim em 18/06/2015
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