Um amor sem futuro

Uma paixão sem futuro, fogo de palha, um flerte inconsequente, não seriam felizes a longo prazo juntos, em outras ocasiões ela passaria despercebida. Seguiriam suas vidas separados, ele esqueceria o encanto da sua voz, os detalhes sutis de seu rosto, com o tempo confundiria seu cheiro com o de outras mulheres e ela não passaria de uma lembrança, algo que aconteceu tão longe quase que com outra pessoa. Sabia tão pouco dela que se pegava a imaginar seu dia a dia, seus gostos, seus gestos, suas manias, imaginava-a a sorrindo despercebidamente fazendo coisas simples e todas elas pareciam revestirem-se de uma graça uma magia inexplicável.

Por onde começariam, seria desejo, cumplicidade, agora, tudo era uma fantasia em sua mente, apenas a expectativa platônica do que seriam juntos. Como seriam seus momentos, sexo carinho, amor, paixão, amizade, se é que seriam algo além de uma imaginação, uma fantasia sem nexo, um devaneio.

Ao mesmo tempo em que tinha certeza dela corresponder-lhe, também uma angustia, uma incerteza tomava-lhe a mente e tudo parecia estar prestes a ruir, quão delicado era a relação entre eles. Poderiam ser felizes juntos? Poderiam se compreender? Afinal eram de mundos completamente diferentes. O que poderia lhes unir além de uma atração pelo o que se estranho. Seria um sonho além dos limites ou algo lhes escapava a percepção algo que os tornava parecidos, que anulava todas as diferenças.

Arriscariam um relacionamento contrariando a todos ou tudo não passaria de um sopro sem sentido. O que o tempo iria dizer da audácia deles, se perderiam em detalhes vis ou se completariam inexplicavelmente. Por quanto tempo iriam conseguir dizer eu te amo sinceramente?

Denis Glauber da Silva Reis
Enviado por Denis Glauber da Silva Reis em 01/06/2015
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