MARTA SUPLICY: DISCURSO OPOSICIONISTA

Dizem que o pior inimigo não são os distantes, mas os próximos ( ou que deveriam ser por lealdade da sigla e opção partidária). Não bastasse toda a artilharia apontada contra o Planalto,pela oposição golpista, temos a nossa "cara" senadora ostentando um discurso detonador, revelando, antes, um despeito digno de briguinhas de quintal entre mulheres lavadeiras ( com todo o respeito às lavadeiras). O núcleo das críticas não é novo, compreensível nas falas de adversários, indigesto em aliada ( pelo menos por enquanto). Não vamos partir na desconstrução da ilustre senadora ( seria eleita, não fosse do PT ?), tampouco questionar o mérito das observações, e sim o tamanho da deslealdade, esta, sim, intragável, por ser pública, alimentando a tensão. O foco intriguista é a Presidenta, inegável, o que reforça a analogia com "discussões de quintal". Dai, para aferir de que na campanha para a prefeitura de Sampa, na última eleição, onde foi preterida, só empunhou a defesa da campanha após a sua nomeação, ainda assim de forma tímida. Qualquer ilação de que houve negociação não está descartada, dado o que se segue no comportamento da cronista da Folha às sexta-feiras. A informação de que será abrigada no PSB, sigla que caminhou com o PT nos tempos de Miguel Arraes e até a candidatura de Eduardo Campos, hoje cooptada pela oposição, e, inacreditável, ao que dizem, com o aval de Geraldo Alckimin, o tucano mor paulista. Coerência, Sra. Marta, é antecipar-se e pedir para sair, e não virar trombeta ressoando azedumes no momento em que o Partido mais necessita é de união, e o governo de Paz para governar e aprovar os necessários ajustes para enfrentar a Crise, que assola o planeta, e não apenas o Brasil.