PELA VIDA, NUNCA SE ANDA SÓ

Não sei, a razão, nem porque, mas, entre as grandes cidades, sempre, pelas minhas andanças, escolho as menores, até, algumas pequenas demais, muitas delas, não chegam a dez mil habitantes. Mas, fazer o que, talvez, seja para ficar mais perto dos humanos, mas junto da natureza, mais em contatado com arvores, plantas, flores, passaros, borboletas... bom, deixa, pra lá, afinal de contas, faz mais de sessenta anos, pois desde menina, sou assim...

O certo é que estou aqui, no meio de uma Praça, com antigos bancos de madeira, para minha alegria, todos inteiros e bem conservados, um lago, por arvores e pombos ao redor, e o sol timido entre nuvens sem querer acordar a natureza, prorrogando uma manhã que retarda a claridade do dia, não as suas irreversíveis, vinte e quatro horas...mas, o certo e´que estou aqui... debaixo dessa arvore tão frondosa quanto antiga, mas, como não sou, especialista em botonica, fico com a beleza de seus galhos e folhas... e assim, sento neste banco, e me pego olhando ao redor, quase ninguém, já passam das sete....

Aqui, sentada neste banco, com um livro de Augusto dos Anjos na mãos, abro aleatoriamente, e meus olhos se pousam, no soneto "VANDALISMO", por conincidència, um dos menos amargos, por isso mesmo o meu preferido " Meu coração tem catedrais imensas, templos de priscas e longinguas, datas, ....... " e vou me abeberando de cada palavra, porém antes que chegue ao seu final, sinto que varios sentimentos estão aqui no banco, ao meu lado procurando assento, e ao que tudo indica, eles, entre confusos, disputando em mim, cada qual o seu espaço, me confundem, tenho impeto de levantar-me e sair andando, mas, tem um tempo para que eles e eu nos acomodassemos naquele, nem tão grande banco de praça.

Parece que alguns, não gostaram da Pousada, alguns segundos ou poucos minutos, saem a procurar de outro abrigo... ao final, ficamos, eu, a paciencia, a tolerancia, e a saudade... depois de uns dez ou quinze minutos, levanto-me e, a passos lentos, vou contornando o espaço a minha frente, e em outro banco procuro sentar, ali bem pertinho de ul grande e florido canteiro, de flores das mais variadas especies e cores, mas, as rosas dominanvam em quantidade e beleza, e eu sempre pelas rosas uma inveterada apaixonada, fico a vontade... e com meu pensamento viajo, para outro banco, outra Praça, outro recanto, outra cidade, muito, mais muito perto mesmo de onde vim...

Depois, de mais alguns, silenciosos minutos, de olhar perdido me levando para longe muito longe daquele belo recanto, e sentindo o marejar das lacrimas inundando os meus já cansados olhos castanhos, sinto que naquele banco da Praça, estava triste, mas, melhor acomadada é que a Paciencia e Tolerancia, deram-se as mãos e forma para bem longe de mim... dizer que naquele instante, não senti falta de quem mais falta faz a maior parte dos mortias, estaria faltando com a verdade, mas, nem pasaou muito tempo... a Saudade, minha quase sempre inseparável e amiga e confidente, ficou comigo, e como sempre, me abraça e para me consolar, vai me trazendo momentos belos, lindos instantes da vida vivida no passado e e reconfortada e refeita, levanto-me e de mãos dadas com a sauade, de da minha alma, quase nunca se aparta, vou continuando a viagem e a vida, sem o peso da mágoa, só a companhia de uma sempre bela, amiga confidente e suave saudade, que me segue, pela vida,esteja, eu, onde estiver... ora, se a saudade, é minha fiel amiga, companheira e confidente... dela, nunca me queixo... e sabe porque...na vida, e pela vida fui feliz... a suadade de anda comigo, e mansa, sauve e boa, e assim.. me pega, muitas e muitas vezes, rindo... atoa

Josenete Dantas
Enviado por Josenete Dantas em 06/03/2015
Reeditado em 17/10/2016
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