A Saga do Cachorro Preto que se chamava Depressão

Compartilho com os meus amigos e leitores uma oportuna mensagem oriunda da OMS (Organização Mundial de Saúde).

O belo e pedagógico texto diz o seguinte:

Eu tinha um cachorro preto, seu nome era Depressão.

Sempre que o cachorro aparecia eu me sentia vazio e a vida parecia tornar-se mais lenta.

Ele me surpreendia com uma visita sem razão ou ocasião.

O cachorro preto me fazia parecer e me sentir mais velho do que eu era.

Enquanto o resto do mundo parecia aproveitar a vida, eu via tudo através do cachorro.

Atividades que antes me traziam prazer, subitamente pararam de fazê-lo.

Ele gostava de arruinar meu apetite.

Ele mastigou a minha memória e a minha capacidade de concentração.

Com ele, era necessária força sobre-humana para fazer qualquer coisa.

Em eventos sociais, ele espantava para longe qualquer confiança que eu tinha.

Meu maior medo era ser descoberto, eu me preocupava que as pessoas iriam me julgar.

Por causa da vergonha e do estigma do cachorro, eu estava sempre preocupado em ser descoberto.

Então investi vastas quantidade de energia para escondê-lo.

Manter uma mentira emocional é exaustivo.

O cachorro podia me fazer pensar e dizer coisas negativas.

Ele podia me deixar irritado e de difícil convívio.

Ele tomava meu amor e enterrava minha intimidade.

Ele adorava me acordar com pensamentos negativos e repetitivos.

Ele também gostava de me lembrar o quão cansado eu estaria no dia seguinte.

Ter um cachorro preto não é se sentir triste ou pra baixo, é pior, é não ter a capacidade de sentir.

Eu envelhecia e o cachorro preto ficava maior, aparecendo toda hora.

Eu tentava espantá-lo, mas frequentemente ele vencia.

Cair ficou mais fácil do que me levantar novamente.

Então, eu me tornei bom em me "automedicar", coisa que não ajudava de verdade.

Em certo ponto, eu me senti totalmente isolado de tudo e de todos.

O cachorro preto tinha finalmente conseguido sequestrar a minha vida.

Quando se perde a felicidade em viver, você começa a questionar qual é o motivo da vida.

Foi quando eu procurei ajuda profissional. Meu primeiro passo para me recuperar e dar uma reviravolta em minha vida.

Descobri que não importa quem você é, o cachorro preto afeta milhões de pessoas. Todos podem ser afetados por ele. Não existe pílula mágica. Medicação ajuda alguns, mas outros precisam de outra abordagem.

Também aprendi que ser emocionalmente sincero com as pessoas próximas pode mudar tudo.

Acima de tudo, aprendi a não temer o cachorro preto e até o ensinei alguns truques.

Quanto mais cansado e estressado você está, mais alto ele late. Aprenda a ter a mente serena.

Exercícios físicos são tão eficientes quanto medicamentos para tratar a depressão. Ande ou corra e deixe-o para trás.

Colocar seus sentimentos no papel pode ser catártico (purificador, libertador) e revelador. Lembre-se das coisas das quais você é grato.

Não importa quão ruim a sua vida esteja; tomar os passos certos e conversar com as pessoas certas fazem os dias de cão passarem.

Eu não diria que sou grato ao cachorro preto, mas ele tem sido um professor incrível.

Ele me forçou a reavaliar a minha vida.

Aprendi que ao invés de correr dos meus problemas, devo abraçá-los.

Quem sabe o cachorro preto faça sempre parte da minha vida, mas ele nunca será a fera que já foi.

Nós temos um acordo: por meio do conhecimento, paciência, disciplina e humor, até o pior cachorro preto pode ser curador.

Se você está com problemas, nunca tenha medo de pedir ajuda. Não existe vergonha alguma em fazê-lo.

A única vergonha é deixar a vida passar.

Assista ao vídeo de 4 minutinhos através do link

https://www.youtube.com/watch?v=RTcmNwK4420

OMS - Organização Mundial de Saúde

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE - OMS
Enviado por Fátima Burégio em 19/02/2015
Reeditado em 20/02/2015
Código do texto: T5142216
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