E agora, como escolher o que é melhor para mim?

Tomar certas decisões na vida é muito difícil, escolher envolve renuncia, desprendimento. Ouvir conselhos ajuda, mas não é fácil assimilar o que o outro diz, e é necessário ter muita confiança na palavra de quem buscamos o alento. Além do que decidir o que é melhor para a vida do outro é simples. Pois, se fôssemos nós envolvidos no mesmo problema em que o outro não sabe bem o que fazer, é bem provável que estaríamos em apuros, com medo, inseguros de nossa decisão. Mas por que sabemos a receita para o outro mas não sabemos para nós? A resposta é que nossa carga emocional não está envolvida, não é a nossa vida que está em jogo, é a do outro. Também poderia dizer que quem está de fora consegue enxergar com mais clareza. Lógico que tem de ser alguém que está por dentro dos fatos, que nos conheça, que saiba realmente o que está ocorrendo e que saiba o peso que determinada decisão pode ter em nossas vidas.

Mas há o outro lado nessa questão, pense: poder escolher já é uma conquista, muitas pessoas não tem o que escolher, são obrigadas a aceitar o que é imposto a elas. Isso significa que você já está um passo a frente disso. É um progresso.

“Escolher é uma das coisas a que mais o homem se dedica. Não há um dia sequer que não tenhamos que decidir sobre alguma coisa. Portanto, é melhor aprender a conviver com isso e tirar proveito”, já dizia Eugênio Mussak.

Porém devo dizer que as decisões simples são fáceis de ser tomadas. Problema é quando surgem as grandes decisões, aquelas que nortearão nossos caminhos, que vão impactar o nosso dia a dia pelo resto de nossas vidas ou pelo menos pelos próximos anos.

Para se tomar uma decisão importante, de modo que ela possa ser a mais correta, aquela que vai acarretar menos danos, menos perda, é preciso pensar calculadamente, refletir sobre o motivo que nos leva a determinada decisão, se realmente é necessário, se isto é o melhor caminho. Neste caso, ouvir pessoas que nós estimamos é bom, ajuda.

Outros fatores que devem ser vistos na hora de fazer uma determinada escolha são os objetivos a serem atingidos, se essa decisão vai atrasar ou alavancar os seus planos ou se ela é realmente necessária. Quais das possibilidades mais agradam ao seu íntimo, ao seu ego?

Olhe a realidade ao seu redor, como ela ficará depois que você fizer a sua escolha. Tente imaginar como vai ser o amanhã, depois que a escolha estiver sido feita, imagine os dias seguintes, os meses seguintes, aqueles que vêm depois que a escolha foi realizada. Olhando isto, se você consegue se sentir confortável com suas escolhas, então você está no caminho certo.

Já estamos quase terminando e até aqui falamos de ouvir pessoas, conselhos, de pensar, refletir, mas há uma outra forma de chegar àquilo que queremos de modo seguro e verdadeiro — para os que creem — fé e oração, são as melhores maneiras de buscar uma resposta, muitas das vezes Deus age, impedindo uma coisa, possibilitando outra, guiando os passos. Na hora a pessoa não entende o que está acontecendo, não sabe o que fazer ou calcula todos os passos e aí as coisas funcionam de uma outra maneira, tomam outro rumo, isso é mão de Deus, direcionando nossas vidas. Dizendo: "espere, não foi isso que planejei para você". Não são somente palavras vazias, isso é real. É a fé. Mas uma coisa é certa, escolhas envolvem renúncia, e assim vai ser durante toda a vida. Acostume-se e escolha o que lhe fará se sentir melhor, o que lhe fará feliz.