Dupla Personalidade.

Dupla Personalidade.

Existem duas personalidades em mim, dois lados de um mesmo eu, um duplo ego na mesma alma. Estes dois lados da minha personalidade vivem em constante conflito, uma guerra interna de proporções inimagináveis, dois gigantes se enfrentando, que se ferem, que se odeiam, enfim uma personalidade duplicada buscando cada uma o seu domínio e independência.

A primeira personalidade devo defini-la de platônica, essa personalidade tem a capacidade de amar qualquer coisa, de forma incondicional e irracional, com todas as forças de um coração cego. Essa por sua vez, desconhece limites, não se importa com consequências, que para satisfação de sua vontade faria qualquer loucura, não há limites nem para a insanidade.

A segunda personalidade devo defini-la de analítica, diferente da primeira que experimenta tudo de olhos fechados, essa já não se deixa levar por uma simples aparência, essa personalidade tem uma capacidade espetacular de analise dos fatos, colocando tudo na base da razão e do raciocínio logico, ela não é dada a sentimentalismos, pesando sempre na balança seus atos e suas consequências, não permitindo que o coração tome todas as decisões.

Por esse motivo é que na alma humana deste poeta existem grandes conflitos, de ideias, de ideais e de sentimentos, o coração navega no barco destes sentimentos, seu condutor é um marinheiro cego, errante em um mar tempestuoso, na há como evitar certas decisões deste inocente companheiro.

Por outro lado devo considerar com muito respeito, a racionalidade às vezes ate parnasiana deste Aedo, que não busca ser guiado pelo coração, mas pelos olhos da inteligência racional, buscando o equilíbrio permanente em todas as coisas, em todos os atos, não se deixando levar por qualquer sopro de vento, a força desta personalidade embora pareça maior do que a da primeira, às vezes é bem menor.

O ser humano é de difícil compreensão, está sempre em conflito consigo mesmo, parece nunca saber o que de fato deseja, é como andar na corda bamba o tempo todo, entre o equilíbrio e o desequilíbrio de suas emoções, de seus objetivos.

Mas afirmo com toda sinceridade, que todo o poeta é assim, um ser internamente tão complexo e externamente tão belo em seus versos, o resultado de suas palavras é entendida nos diversos poemas que escreve. Estes poemas por sua vez é o resultado do domínio de uma das partes da sua dupla personalidade. A forma como os meus escritos é entendido define qual lado da personalidade está presente.

Falando dessa forma os leitores podem pensar que estou ficando maluco, talvez de fato eu esteja, mas nessa vida quem de fato é normal, penso que entre a loucura e a razão, existe uma tênue e quase imperceptível barreira, que a todo o momento sem perceber a rompemos, somos assim, loucos e santos, e não poderia ser diferente, quando se tem no peito um coração que deseja ser maior que o mundo, que ama sem medir as consequências, sou feliz por ser assim, machuca às vezes, mas é compensador ser o que sou, apenas um poeta em constante conflito consigo mesmo.

Tiago Pena
Enviado por Tiago Pena em 25/01/2015
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