A sua morte

Em sonhos secretos imaginei-te a morte, lhe chegar sorrateira.

De repente uma facada e tudo que você faz é gemer, gemer e gemer!

Imagino sua dor e como num frenesi macabro a me implorar perdão com os olhos.

Mas eu sou o anjo do seu apocalipse!

E é chegado seu fim!

Imagino- me enterrando seu corpo. Me escondendo para que ninguém me veja ou deixando-o na beira do mato.

Imagino a cara que faria no seu velório.

_Moço(a) tão bom. Quem poderia ter feito uma maldade dessas?

E se fosse descoberto. Que desculpas eu daria?

_Foi vingança ele(a) mereceu!

O que os outros iriam pensar?

Monstro(a)! Covarde! Tomara que apodreça na cadeia!

Um crime passional, só eu sei a dor que guardo dentro de mim, é o que eu diria a mim mesmo.

E se fosse para prisão?

Juraria arrependimento na frente do júri. Choraria. Daria todo tipo de desculpas.

Com muita sorte e um bom advogado pegaria uma pena leve.

Sofreria até me acostumar com a prisão. Primeiro contaria os dias, depois os meses e finalmente os anos.

Sairia da prisão velho(a). Teria dificuldade para arrumar um subemprego. Num contrata não ele(a) tem a ficha suja! Mas um dia conseguiria um novo emprego.

Lamentaria não ter acompanhado o crescimento de meus sobrinhos.

Lamentaria algum tio que morreu sem eu poder me despedir.

Mas se pudesse voltar atrás faria tudo de novo!

Quem mandou você...

Denis Glauber da Silva Reis
Enviado por Denis Glauber da Silva Reis em 31/12/2014
Reeditado em 02/01/2015
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