O ESPERMATOZOIDE VOADOR

Quando penso que já não há mais nada para fundir minha cabeça deparo-me com uma notícia pra lá de inusitada que vi no site “G-17”, na NET! Pois não é que descobriram a existência de um tal de “espermatozoide voador” capaz de engravidar mulheres, virgens ou não, até a uma distância de quinhentos metros?

Ao que parece, pode se tratar de mutação induzida pela ingestão de medicamentos para implementação da potência masculina e, também, de afrodisíacos disponíveis em profusão no mercado.

Apesar da ocorrência, ainda não se sabe como puderam os espermatozoides criar asas, saírem voando e encontrar os lugares certos onde estejam óvulos disponíveis e em condições de serem fecundados.

Também não se descobriu, ainda, quais os mecanismos que possam, além de orientar o voo, na rota, garantir decolagem, tráfego e pouso em segurança no espermatódromo ou espermatoporto escolhido.

Um outro enigma será levantar o fato de que a autonomia de voo esteja circunscrita a um raio de ação de meio quilômetro. Se com os poucos quinhentos metros isso já pode causar um estrago sem tamanho, imaginem se a coisa assume um raio mais amplo?

Isso não é piada e nem conversa de “cerca Lourenço”! Segundo a efervescência do ocorrido, a cidade de Uberaba, em Minas Gerais está em polvorosa por um lado e, por outro, exultante!

Em polvorosa em razão de que a primeira engravidada foi uma jovem de dezenove anos, por incrível que pareça, ainda virgem! Exultante por se tratar da oportunidade única de uma cidade mineira poder se apresentar como competidora diante das cidades da Região Amazônica, em que boa parte das moças aparecem grávidas por obra do insaciável “boto”!

Como sabemos, o boto é um mamífero meio parecido com peixe, habitante dos rios e igarapés amazônicos que, à noite, costuma transfigurar-se em um elegante homem, de terno e chapéu, extremamente sedutor. As moças abordadas ou surpreendidas por essa personagem não resistem aos seus encantos e se deixam possuir, engravidando logo em seguida...

Acredita-se que a maior parte da população daquele espaço geográfico seja descendente de botos, não sendo nada incomum que as moças avisem a seus pais que estão com as regras suspensas, sendo o culpado, o boto. Os pais, padres, pastores e demais adultos não discutem e nem recriminam. Tratam de aceitar o que já é para lá de óbvio na cultura local... Foi o boto e pronto!

Agora, em Uberaba, os pais das adolescentes estão apavorados com medo de que suas filhas apareçam grávidas sem terem provado do fruto proibido. O pior é que, nem mesmo com o boto, pois isso não é coisa que se veja em nos rios de Minas.

Segundo se diz, tanto nas salas das casas de família quanto nos bares e esquinas, não se fala em outra coisa; com qual velocidade se multiplicará essa mutação do espermatozoide e que tipo de antídoto, defensivo ou barreira poderá ser utilizado para impedir essas concepções indesejadas!

De qualquer modo, as conversas evoluem a ponto de haver um movimento para exaltar o aparecimento do espermatozoide voador por ter tido origem lá nos Estados Unidos e descoberto por um cientista americano.

Em contrapartida, uma outra corrente está discutindo como descobrir quem e sob que procedimento está sendo disparado para a atmosfera esse novo tipo de espermatozoide. Ao que parece, medidas de repressão precisariam ser desfechadas, pois qualquer mulher fértil, mesmo as casadas, viúvas ou divorciadas, além das meninas púberes, podem ser engravidadas repentina e desavisadamente...

Aqui no Brasil, como não poderia deixar de ser, as autoridades não deram a mínima para o assunto, preocupadas que estão com as trapalhadas do Petrolão e das delações premiadas. Acharam melhor espalhar que a jovem uberabense está querendo aparecer na foto.

O que ainda não se sabe é se os filhos desses espermatozoides nascerão com asas. Se isso acontecer, está explicado como nascem os anjos...

Confira no link:

http://www.g17.com.br/noticia/brasil/voador-engravida-menina-no-interior-de-mg-e-deixa-a-cidade-em-panico.html

Amelius
Enviado por Amelius em 04/12/2014
Reeditado em 04/12/2014
Código do texto: T5058326
Classificação de conteúdo: seguro