JUIZ É DEUS SIM!

Dirigia com sintomas de embriaguez, sem a CNH, o veículo estava sem placa. Foi parado na blitz, se recusou ao teste do bafômetro e só se identificou para exibir a carteira de Juiz. Diante da carteirada, a servidora pública alegou que “juiz não era Deus” e aplicou a Lei no indigitado. Diante da blasfêmia o embriagado transgressor deu voz de prisão àquela reles mortal, por tão grande pecado. Por ser crime afiançável a mortal criminosa saiu do flagrante, mas continua processada criminalmente. Não ficou só nisto, a divindade processou a pecadora na esfera cível, pois para ela, divindade, sua “moral” fora vilipendiada e tinha que receber pelo “sofrimento” alguns mimos em moedas. Ora, quem julgou a pecadora contra o Deus, foi um outro Deus mais graduado na santificada ordem que mandou que a pecadora compensasse a dor moral do Deus ofendido com cinco mil dinheiros (Jesus valia só trinta ), se é que Deus sofre dor moral. Mas a pecadora recorreu a um conclave de Deuses maiores e estes mantiveram a condenação saindo pela tangente na justificativa de suas santas razões, decretando que a ofensa moral não teria sido impingida à pessoa do Deus embriagado, mas ao Cargo de Deus que essa pessoa ocupa. Ora, mas o dano moral não teria sido imposto ao Deus que infringira a lei dos homens? E não teria sido o próprio Deus infrator que estaria denegrindo o santo cargo, dirigindo como Baco, o deus pagão, sem CNH e num carro sem placa? Mas vá lá, Deus é Deus! Ou melhor, Juiz é deus, nem que seja um deusinho do tipo Baco né? Eta República sem vergonha! Não é atoa que está perto de se tornar uma republiqueta de bananas.

ARAKEN BRASILEIRO
Enviado por ARAKEN BRASILEIRO em 15/11/2014
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