Um viva aos relacionamentos findáveis

Já assistiram “Apenas o fim”? E “500 dias com ela”? “Antes do pôr do sol”? Pra quem já assistiu esses três filmes, sabe muito bem que a temática é bem parecida: o fim de um relacionamento, o pós e pré termino, algo do gênero. Pois bem, o que me levou a escrever foi exatamente a grande mudança de como os relacionamentos são encarados nos dias de hoje.

Não existe mais “amor eterno”, nem “paixão avassaladora”. Os romances são tratados da forma que são realmente: sem essa de vou-te-amar-pra-sempre e sim algo como sabemos-que-vai-ter-fim. E essa certeza do fim acaba tornando o amor mais intenso, porque — pense bem — iremos lutar para que o fim não chegue tão cedo e saímos do comodismo da eternidade.

O que está acontecendo com o amor ultimamente é o que aconteceu com a vida após a morte no maneirismo: saímos da preocupação com o eterno da idade média e da harmonia da renascença pra descobrirmos que somos um ponto minúsculo do universo e que nossa única certeza é a morte, assim como saímos da família perfeita dos anos 50 e casal feliz e livre dos anos 80 pra percebermos que tudo acaba. Tudo tem um fim.

Daí começam os questionamentos sobre como manter o amor nessa jorrada de fins naturais, secos. “O que vai acontecer?” “Qual o sentido de estar com alguém se eu sei que pode acabar?” É esse o ponto: o término dá forças e sobretudo motivos para viver o momento.

Então, um viva aos relacionamentos findáveis! Pois são eles — e só eles — que conseguem tornar os momentos únicos e eternos.

Ana Eduarda
Enviado por Ana Eduarda em 10/11/2014
Reeditado em 10/11/2014
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