“SERENATA”

Quando menina eu sonhava.

Sonhava com alguém me oferecendo uma serenata.

Alguém que chegasse no meio da noite.

Na frente da minha janela e cantasse.

Queria que esse alguém também tocasse.

Um sonoro violão eu queria que me acordasse.

Imaginava os sons melodiosos se propagando pelas ruas...

Queria tanto isso pra mim.

Um dia me dedicaram uma e eu não estava presente.

Que pena!

Como sinto ter viajado naquele dia.

Minha mãe contou como foi tudo, mas eu não presenciei.

E como sempre lamentei.

Mas tudo bem, a serenata existiu.

Agora sou que saio a cantar serenatas.

Não nas janelas das sonhadoras.

Mas canto com meu grupo pra alegrar e encantar as pessoas que nos ouvem.

Gosto de fazer parte deste grupo de seresteiros.

Somos tão alegres, tão festeiros...

Amanhã vamos nos apresentar novamente e vai ser um evento muito esperado.

Estou aqui a torcer que tudo saia muito bem e que as pessoas nos admirem.

Torço para que consigamos passar algo bom às pessoas. Que consigamos mostrar que o romantismo ainda é e não está ultrapassado como muitos dizem.

Tomara que amanhã tudo saia a contento.

Vamos cantar Malandrinha e Lua Branca.

Nos identificamos mais com Lua Branca e vibramos muito quando cantamos.

São canções antigas e quase esquecidas das pessoas.

Acho válido resgatarmos este tempo perdido... acho válido sim.

SONIA DELSIN
Enviado por SONIA DELSIN em 25/05/2007
Reeditado em 25/03/2011
Código do texto: T500491
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