ENGODOS

Novamente nos vemos as portas de uma eleição, momento que transmite um misto de sensações, dos sentimentos que clamam esperançosos por se renovar a confiança em uma mudança de rumo, de retomada em um caminho prodigioso, mais justo e igualitário, de seriedade e compromisso com o bem fazer em prol de uma sociedade esgotada em sua fé por promessas mentirosas, um povo de "Joãos e Marias" que na maioria se encontram de joelhos, porém não em oração em súplica ou agradecimento, mas prostrado mendigando as migalhas, que espalhadas pelo caminho são rapidamente consumidas, não sustentam e desaparecem, restando apenas o que leva a casa encantada da floresta que parece ser de puro doce, no entanto, onde a bruxa do governismo mantém o caldeirão a ferver.
Temos um modelo de governo que à quase 12 anos se mantém no comando, recebeu do anterior como herança, um país com problemas, é fato... muitos deles históricos e de longa data, por falta de melhores condições no essencial, como educação, saúde e segurança, e que como de praxe deixaram o poder, tendo envolvimento com escândalos de corrupção e negociatas, alguns com muito pouco ou nada de explicações, culpados e punidos, algo que não é novo e nem privilegio desse ou daquele, faz parte do cenário com o qual erradamente nos habituamos a conviver e achar natural, nisso, houve um avanço, mas que se diga, não pela vontade do governo, mas sim pela imposição soberana da sociedade e pela justiça necessária que se fez presente, em contra partida, o governo atual a 12 anos atrás, teve como benefício receber um país em condições econômicas estabilizadas, com o caminho aberto para crescimento, com uma base estabelecida para arrecadação e futuros investimentos pontuais e gradativos, manutenção e desenvolvimento, aproveitando a busca que se fazia em nosso território por demonstrar solidez à época e condições confiáveis e favoráveis, e o que fizeram; chafurdaram as propícias condições que se apresentavam, governando em modelo eleitoreiro, pra si próprio, usando o nefasto artifício “sub-assistencialista” de espalhar fragmentos de bem estar, onde os que “nada tinham”, agora se regozijam por “quase nada ter”, quando o que se precisaria era criar a condição de “algo vir a ter” de forma crescente e evolutiva, se doa o mínimo do nada, e através dele entorpece-se e usurpa-se a vontade dos excluídos, que cegos perdem o horizonte, e a clara visão de que podem e merecem mais, e isso, por direito e não, por favores.
Ainda penso em quem votar, tarefa até aqui inglória em nossas opções, onde sobra poder, falta capacidade, seriedade e boa vontade, onde existe certa capacidade, falta o brilho nos olhos de ser a mudança verdadeira entre os extremos vividos nos últimos 20 anos, e onde o brilho se fez pelo “destino” presente e a vontade parece ser tamanha, ainda falta demonstrar em proposta além de eloquentemente a real capacidade para convencer por condição e não por comoção... ainda preciso pensar!