Os cotidianos da vida

“Quando gostamos de alguém é humanamente impossível, não sentir um pouco de ciúmes, insegurança, afinal, somos humanos, cheios de falhas, procurando melhorar e aprender todos os dias”. A cada momento que vivo, vejo que esta afirmação que fiz no começo do paragrafo é totalmente erronia na visão do mundo e das pessoas.

Ando confusa e cada vez compreendo menos os seres humanos ao meu redor. Observo muito e me assustam as atitudes. Assim, converso menos e observo mais.

Todos os dias sou julgada ferrenhamente, pelas minhas emoções, sentimentos e atitudes. Se estiver sorrindo me dizem “sorria menos”, se estou falando de amor, me dizem “ame menos, você ama demais”, se sinto em algum momento ciúmes, “para você é muito ciumenta” (esse ciúmes pode se colocar para as coisas da vida, pois todos sabem que sou viúva e solteira), quando me calo “você esta muito calada”, quando falo “você esta falando demais”, em todos os momentos sou colocada como uma pessoa estranha e única dentro de minha estranheza, como se fosse um E.T.

Galera que gosta de cobrar o seu próximo em tudo, acordem, isso é chato, é desanimador e trágico, vocês fazem as pessoas se sentirem tristes e essas pessoas acabam se isolando para evitar estresse!

Olha, falando muito sério, eu gosto de quem sou. Gosto de ser romântica, de sorrir, de conversar, sim, eu, tenho ciúmes, mas nunca dei “pitis” ou fiz alguém passar vexame, sou chorona mesmo, quando estou vendo um filme ou lendo um livro, de repente, sem mais nem menos, as lagrimas caem pois, me coloco na vida da outra pessoa. Sim sou emotiva, muito mais que razão. Quando respondo uma mensagem com carinho é real, mas não estou exigindo carinho, não exijo nada, gosto atitudes, de surpresas, ser lembrada, coisa que não sou a muito. Me distancio das pessoas que amo para elas não se sentirem sufocadas, mas mesmo assim elas se dizem sufocadas todos os dias, é engraçado isso. Olha, fica uma pequenina dica, olhem seus celulares e vejam quantas vezes eu ligo, quantas mensagens envio!? Apenas vou orando e firmando pensamento para vocês serem felizes, mas vejo que fico cada dia mais, apagada na cabeça de vocês. Já sei que ouvir quando lerem este texto, “você fala demais”.

Hoje vou pegar o carro e sair, sem destino, sem graça, olhar a cidade, observar as pessoas, assistir atitudes e chegar à mesma conclusão de todos os dias, solidão pura e cruel. Vou sentar na beira do rio e observar as aguas indo embora.

Sabe o que acho engraçado é ler e observar os comentários das pessoas, quando famosos morrem sozinhos (que dizem ser depressão, mas eu corrijo isso para desilusão e solidão), isolados e observo a comoção geral, chega ser hilário se não fosse trágico.

Respeito o pensar de cada pessoa, mas, quero que respeitem o meu pensar. Não sou obrigada a ser exatamente como cada um quer que eu seja, se isso acontecer não será eu, vou ser apenas uma imitação barata, com trejeitos e atitudes colocadas em meu ser como se eu fosse um programa de computador.

Não sou um brinquedo, sou um ser humano, cheio de falhas, que esta aprendendo todos os dias, mas, saibam, não estou depressiva (pois isso virou moda), não estou pirando, apenas me sinto só e tenho a coragem de dizer, não para fazer drama (ando de saco cheio de ouvir isso), mas para dizer “oi, saiba que amo vocês e me sinto só, saudades, fiquem com Deus - beijos”.

Rosa dos Anjos – Crônicas – Agosto/2014

Rosa dos Anjos
Enviado por Rosa dos Anjos em 16/08/2014
Reeditado em 16/08/2014
Código do texto: T4924895
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