SER MÃE E SER PAI

Ser mãe e ser pai são um compromisso e uma responsabilidade grandiosa que assumimos com Deus, conosco e com nossos filhos.

Tudo que aprendemos na infância repercutirá em nossa vida, posteriormente. Por isso, a criança que tem amor, não apenas quando nasce, mas desde a concepção, será um adulto consciencioso.

Os filhos são, em parte, o resultado do meio em que vivem e daquilo que ensinamos a eles. Isso não quer dizer que precisamos ter medo de sermos pais. Para aqueles que desempenham bem essa missão, receberão uma honraria prestimosa: A consciência serena pelo dever cumprido.

Não é necessário acumular grande soma de bens materiais para depois ter filhos. Nossos futuros filhos não querem que enchamos seus bolsos ou que deixemos para eles uma boa herança; não devem ser acostumados com conforto material excessivo. O que eles precisam é sentirem-se amados dentro do lar e não abastados e adornados dentro de uma casa. É obvio que deverá haver um planejamento familiar, no entanto, se houve uma gravidez inesperada não vamos deixar que ela se torne indesejada. Mesmo que uma criança não tenha sido feita por amor, ela poderá ser criada com amor. Podemos fazer com que um ato impensado seja corrigido através de uma nova conduta, desenvolvendo e doando amor.

Nossas crianças não precisam que as matriculemos na melhor escola, terem as melhores roupas, os brinquedos mais caros, mas de nossa atenção, nossa fala cortês e nosso exemplo edificante. Se luxo e excessos trouxessem paz e melhorassem o mundo, não veríamos todos os dias pessoas com tudo isso envolvidas em dramas diversos.

Em relação ao o que se ter no e do plano físico Paulo de Tarso, o apóstolo dos gentios, nos diz na Epístola a Timóteo, 6.6-8 “De fato, a piedade com contentamento é grande fonte de lucro, pois nada trouxemos para este mundo e dele nada podemos levar; por isso, tendo o que comer e com o que vestir-nos, estejamos com isso satisfeitos”.

Já Jesus, em Mateus, 6- 25, admoesta: “ Por isso vos digo: Não estejais ansiosos quanto à vossa vida, pelo que haveis de comer, ou pelo que haveis de beber; nem, quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o alimento, e o corpo mais do que o vestuário?”

O conforto espiritual, no qual se ensina a orar, perdoar, falando de amor, de Deus, mostrando o lado bom da vida, das pessoas e das coisas, criando nossos filhos à luz do Evangelho é a maior herança que podemos deixar à eles.

Devido às preocupações mundanas, um dos grandes problemas que enfrentamos na atualidade é o aborto. Segundo os espíritos superiores, se a gravidez coloca em risco a vida de uma mãe é aceitável que se aborte. Agora, abortar ou não engravidar por causa de vaidades como ficar gorda, medo da violência, gravidez não planejada, são atitudes impensadas que demonstram o quanto somos egoístas e sem fé. Mas caso um aborto já tenha sido praticado, não deixe que aconteça outra vez. Ore por esse espírito, pense nele como seu filho amado, peça perdão em pensamentos e rogue a Deus uma nova oportunidade de recebê-lo em seu seio familiar e envolva-o com vibrações de bem querer, pois assim você terá do seu lado um filho que te amará. A oração para quem parte é como o leite materno para quem chega.

A plasticidade de nosso corpo material se perderá um dia, não importa o cuidado que dispensemos a ele. Não há creme, plástica, cirurgia que acabe com as marcas sábias do tempo. Mas o que ignoramos é que não ficamos velhos, mas experientes. Precisamos cuidar de nosso corpo, uma vez que ele é nosso instrumento de trabalho e evolução. Práticas de atividade físicas moderadas, alimentação balanceada, bons pensamentos, protetor solar, higiene corporal, trabalho moderado, se envolver com atividades beneméritas, são práticas que constroem e mantêm um espírito equilibrado que por sua vez modela um corpo jovial e livre de enfermidades.

E quanto ao medo da violência no mundo atual, o mundo violento espera exatamente o sorriso de uma criança para começar a sorrir também...

Pesquisas e relatos científicos mostram que quando uma mãe ouve uma música suave, o feto que está em seu útero fica calmo. Quando a mãe se agita, se irrita, o feto também altera seu comportamento. Tudo que a mãe come, bebe, fuma, todas as emoções que sente, o bebê sente também. Por isso, futuras mamães e papais, muita atenção com o ambiente em que está sendo gerado o seu filhinho amado.

Certa vez, um médico ao tentar fazer um aborto, colocou uma câmera na ponta do escalpelo em que iria destruir aquela vida. A câmera registrou que quando aquele instrumento se aproximava daquele sensível bebê ele se afastava, se retraía para não ter sua vida ceifada naquele momento. Ele queria vir ao mundo e continuar sua caminhada.

Ah!, Meus irmãos, se Maria tivesse abortado Jesus, que homem de luz a humanidade teria perdido. Que bom que José entendeu a situação e deu

apoio à esposa. Ele não abandonou Maria e não fugiu de seu compromisso.

Verificar as condições do feto com exames de praxe garantirá um bebê sadio. O acompanhamento de uma gestação por um bom médico é primordial para uma gravidez saudável. A presença do pai na gestação de um bebê garantirá segurança e tranquilidade para o feto e a mãe. Ser mãe e ser pai é aceitar o pedido de Deus de ser educadora e condutor de alguém que precisa ser encaminhado.

Algumas mulheres se aproveitam de uma gravidez e usam a criança

para se conseguir algo. Engravidam para segurar um casamento ou conseguir uma pensão que lhes proporcione uma vida de regalias. Isso é a prostituição do corpo. Prostitutas não são aquelas que foram para um bordel por não terem encontrado um trabalho, ou foram expulsas de casa, abandonadas, os filhos passavam por necessidades básicas e, assim, não encontraram outra saída. Prostituição é usar de uma gravidez, um casamento ou relacionamento como instrumento de aquisição monetária ou para aparecer nas revistas e emissoras de TV para ganhar dinheiro e evidência. É invadir os lares sagrados, destruindo casamentos, oferecendo-se e envolvendo-se com o homem ou a mulher comprometidos, sem nenhuma consideração para com uma família.

Algumas jovens sentem-se constrangidas por estarem grávidas, por serem mães solteiras, mas a verdade é que o instinto materno e o amor de mãe devem falar mais altos e suprirem todas essas barreiras, e elas podem se tornar grandes mamães, independente da idade e condições sócio econômicas. Chico Xavier disse uma vez que deve haver um segredo entre Deus e as mães porque ele jamais viu um amor tão forte assim...

As mães, pelo amor de seus pequeninos, sacrificam-se por eles e compadecem-se deles. Mesmo debilitadas pelos ataques da vida, reúnem forças__essas que somente o amor dá__ para lhes confortar.

Ser mãe é proteger sua criança, não importa o que lhe aconteça.

O amor de mãe não exclui, não condena, não despreza. Ele junta, entende e ama. Isso, em se tratando do verdadeiro amor, porque pôr um filho no mundo, apenas, não é ser mãe e ser pai. Ser mãe não é apenas carregar um filho em seu ventre por nove meses. Isso é ser genitora. A criança necessita do acompanhamento e da presença de pessoas amorosas.

Há situações em que o pai precisa ser pai e mãe, e que a mãe precisa ser mãe e pai, mas cabe a cada um dá a sua contribuição na educação e instrução de seus filhos para que quando nos for questionado sobre nossos papéis de pais, responderemos que não demos aos nossos filhos viagens, conta bancária astronômica, luxo, nada disso ou tudo isso, mas que acima de tudo demos bons exemplos, orientação, educamos para o bem, porque a criança pode ter todo dinheiro ou apenas o necessário, e tiver amor, saberá lidar com qualquer situação, ao passo que se ela tiver tudo, mas não tiver amor, ela nada será...

Algumas pessoas podem lhe perguntar um dia, como é que uma mãe pode jogar seu filho em uma represa, abandoná-lo em uma porta ou matá-lo? As que fazem isso, leitor amigo, não são mães, apenas carregaram seus filhos no ventre. Pais de coração não abandonam seus filhos.

Mãe e pai são também aqueles que adotam, que assumem o compromisso de serem pais. Por isso, a adoção de uma criança é um ato filantropo. Quando alguém adota uma criança ou cuida de uma, tratando com afeto, observando suas más tendências e procurando corrigi-las, está sendo pai e mãe. Não podemos deixar de mencionar aqui que os filhos também precisam ouvir e querer seguir os bons exemplos de seus pais e não depositar neles a culpa de suas falhas. Temos que trabalhar juntos.

Sem conhecer o amor materno, que nem sempre vem de uma mãe biológica, uma criança não será feliz. Conhecer o amor de mãe, futuramente, fará desabrochar nas crianças as esperanças diante dos revezes da vida.

Muitos pais e mães agridem seus filhos, querendo descontar neles a raiva que passam no trabalho, a fraqueza de não vencer os vícios, a falta de dinheiro e diversas outras frustrações. Alguns, por terem pais rígidos ou violentos, também o são com os seus pequeninos. Querem descontar nas outras pessoas seus dissabores e estendem seus desenganos a muitos. O fato de termos tido uma vida difícil, não implica em passarmos isso aos nossos filhos. Já outros, encontraram na dor, motivos para fazer a alegria e aliviar o sofrimento alheio. Esses são os bem- aventurados, que suam e padecem pelo seus irmãos.

Muitos pais, mesmos casados, se separam para abrangerem uma área

maior, onde poderão ganhar mais pecúnia. Se precisa ser assim, então que seja, mas observemos se não estamos negligenciando os nossos menores.

A criança que presencia cenas escabrosas, se depara com traumas na adolescência e na fase adulta. Somos nós as criaturas responsáveis pelas ações que fortalecerão o caráter delas. Assim sendo, quando o ódio falar mais alto e for mais forte dentro de alguém, tenhamos misericórdia, pois não sabemos com precisão quais circunstâncias da vida fizeram com que esse alguém ficasse tão duro.

Alguns pais ensinam seus filhos a odiar as pessoas, em vez de amá-

las, a revidar as ofensas e agressões, em vez apaziguar. Momentos felizes são raros nas vidas dessas crianças que têm uma atordoada infância. O carinho que tivermos por elas, protegendo-as, ficarão registrados em seus arquivos mentais e refletirão em suas atitudes, transformando os momentos de revolta, que porventura estiverem guardados em um canto da alma, em sentimentos altruístas.

E para encerrarmos este capítulo, com todo altruísmo, vamos relembrar aqui o nome de duas pessoas que foram mães de muitos de nós, mas tem muitos que o fazem: Madre Tereza de Calcutá e Irmã Dulce. Ambas, cumpriram suas missões de Mensageiras do Alto.

Que possamos amar nossos pequeninos. Que possamos ser pais, filhos, avós, irmãos, enfim, uma família amorosa. Quando isso ocorrer o mundo estará em paz.

O papel de mãe, de pai, de uma família e de uma nação é o de estar atento ao crescimento e necessidades de nossas crianças. Assim fazendo, tudo caminhará para grandes realizações. Mas por quê?

Recordemos aqui, o filósofo grego Pitágoras, quando nos recomendou: Eduquem as crianças e não será necessário punir os homens.

A família é centro da nossa felicidade. Vamos dar valor à nossa, ajudando-nos mutuamente, na certeza de que somos uma única família, filhos de um só pai, que também é mãe: Deus!