Vida: Curta e cuide da sua!

Analisando o comportamento humano, cada dia fico mais convicta de que a sociedade está doente.

Sim, muita gente está doente e sequer se apercebe.

Como filósofa deste mundo amalucado que vivemos, tenho, por compulsão e mania, fascinação por observar as condutas humanas.

Sei lá, eu olho muito os detalhes da humanidade. Ninguém sai ileso das minhas 'espiadas'.

É tão mecânico, tão pertinente à meu caráter que as vezes fico meio aborrecida comigo mesma e digo: Pare da analisar, Fátima!

Só que não consigo, é automático, impulsivo. Quando dou por mim, lá estou eu, avaliando as mais variadas condutas e comportamentos humanos.

Ante minhas pesquisas e aguçada percepção, estou meio preocupada, pois tenho percebido muita gente doente, destemperada, eufórica, nervosa, inconstante.

Parece que há um desequilíbrio generalizado e que as pessoas não deram conta do ocorrido.

Estes dias presenciei o início de uma agressão de duas moças tão lindas, perfumadas, e que, se eu não inteferisse, de forma educada, mansa, branda e dizendo que ambas tinham idade de serem minhas filhas, a coisa tinha ficado mais negra do que estava.

Mulheres com nervos à flor da pele, homens disparando tiros por discussões banais, trânsito caótico na capital pernambucana, preços dos alimentos subindo de forma estarrecedora, desemprego, juros altos, famílias endividadas, afastamento de Deus, etc...

Acredito que estes fatores e outros tantos estão a contribuir para o destempero humanitário, quase generalizado, que tenho observado de uns meses para cá.

Ando nas praças, não vejo ninguém observando as árvores.

Vou ao parque, não encontro crianças com seus pais.

Vou ao museu, não vejo ninguém apreciando obras de arte.

Vou à festividade dos 162 anos da Biblioteca Pública do Estado e não encontro rostos conhecidos.

Por necessidade, adentro a um Shoppig Center e ali sim, encontro muitos conhecidos, cheios de sacolas, semblantes pesados, cartões de crédito em evidência e um rosto querendo dizer: Socorra-me!

Estudos mostram que muitas pessoas relaxam ao fazer compras.

Que doce ilusão! Ledo engano!

Gastam o que não têm e depois ficam com desgosto quando recebem as faturas dos cartões de créditos.

Agora, deixando mais uma vez minha marca impregnada, recomendo:

Se você sorrir mais,

Se você se permitir mais,

Se você se entender mais,

Se você se cuidar mais,

Se você relaxar mais,

Se você cantar mais,

Se você brilhar mais,

Se você apreciar o mar,

Se você amar mais,

Você será MAIS FELIZ!

Não leve a vida tão à sério! Termine esse compromisso solene com ela e seja apenas uma pessoa enamorada da existência.

Nada mais!

Vá viver, pois a morte é certa, traiçoeira e não chega com hora marcada!

Vida!

Curta e cuide da sua!

Contos e Encantos
Enviado por Contos e Encantos em 15/05/2014
Reeditado em 15/05/2014
Código do texto: T4807524
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