Bolsa Família

A bolsa do canguru serve para dar conforto e crescimento ao seu filhote. A bolsa onde as crianças são geradas, no ventre das mães, serve para suprir suas necessidades vitais desde a concepção até o nascer em si.

Bolsas estudantis serviram e servem muito para subsídios aos estudantes desprovidos de remunerações justas. Tantas são as bolsas para tantos fins justificáveis, tantas aplicações extremamente aceitáveis.

Embora o programa de nosso “governo”, por nome de Bolsa Família, de longe, venha sendo bênçãos para muitos usuários sem vínculo nenhum com possibilidades reais de melhorias de vida, este programa também exclui da maioria a dignidade de ao menos tentarem, por meios próprios, o desenvolvimento sustentável de si mesmos e dos de sua casa, ainda que sejam considerados abaixo da linha de extrema pobreza.

Sendo, contudo, estes inúmeros usuários de tal benefício, alvos de imensuráveis críticas em redes sociais ou até mesmo da mídia em geral, que os taxam como acomodados e como subprodutos de um governo que nutre a pobre expectativa de um povo sofrido e sem maiores ambições.

É uma tentativa de amenizar a pobreza? Pode ser esta uma das explicações para o surgimento do Bolsa Família.

O que, talvez fique sem uma explicação clara para o povo brasileiro é se o aumento percentual de 10% que houve recentemente no valor da Bolsa Família seja uma forma de tentar suprir a queda percentual de 7% nas intenções de votos para reeleição do partido e da atual mandante do país.

A crítica ao mínimo aumento do benefício partiu do oponente candidato à presidência quando afirmou que a presidente do Brasil mentiu dizendo que este percentual “atende aquele patamar mínimo estabelecido pela ONU, de US$ 1,25” e que teve como resposta da ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, que a conta para se chegar ao valor de atualização do benefício não pode levar em consideração somente a variação do dólar ou da inflação. Ela afirmou que o cálculo se baseia em uma fórmula que leva em conta parâmetros internacionais e a necessidade de se manter a paridade do poder de compra das famílias beneficiadas.

O eleitor que também é usuário deste recurso do governo, se estiver atento às intenções dos governantes, talvez reflitam suas conclusões nas urnas em outubro, ou talvez nem saibam o que são conclusões.

Harlen Ribeiro
Enviado por Harlen Ribeiro em 03/05/2014
Código do texto: T4792946
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