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POSSESSIVIDADE
 
      Pela boca do psiquiatra que jamais serei, costumo brincar, diagnosticando, que ‘as nossas ruas estão lotadas de loucos bonzinhos de saúde’. Entendam: em perfeita saúde, sim, mas apenas nas aparências. Ora, ‘cada cabeça’ não ‘é uma sentença’?
 
      Agora, com um currículo desses, zerado inteiramente do que diz respeito ao assunto da medicina que cuida de gente dos parafusos frouxos, posso dizer tudo o que me aprouver, sem receio de ser posto em camisa de força.
 
      Se vocês derem o mais leve mergulho na própria atenção, com certeza hão de notar que as coisas hilariantes, estapafúrdias e até macabras, praticadas por pessoas supostamente sãs, no dia a dia do convívio humano, são coisas muitas vezes incríveis e de deixar o mais impassível observador boquiaberto.
 
          Fato real, não é uma anedota.
 
       Muitos de vocês já devem estar por dentro do ocorrido com a médica que mandou emascular o ex-, lá em Minas Gerais.
 
      Ia casar-se, enxoval feito, festa paga, tudo nos trinques. Três dias antes do casório o rapaz se apresenta à noiva e declara a sentença como se fosse expressão de doutor juiz: não quero mais casamento.
 
      Sem engolir a desfeita, a moça passada a perna combinou com o pai para pregarem uma peça no noivo fujão da responsabilidade. E contrataram uma dupla de cabras, deram-lhes fardamentos de prestadores de serviço de uma empresa de telefonia, e lá se foram os contratados à casa do futuro eunuco.
 
      A dupla bateu à porta, foi atendida sem problema, passando-se por empregados da telefonia. Aí, no interior da residência, a porca torceu o rabo. O noivo foi aberturado pelo gogó. Aplicaram-lhe um pano ensopado de éter nas narinas, e zás, o infeliz desmaiou, e passaram-lhe faca nos testículos.
 
      Ao acordar, o pobre do carinha estava sem seus, lá dele, órgãos genitais. Era um capão no mais lídimo e literal dos termos.
 
      Tudo isso aconteceu fazia doze anos e a médica estava vivendo na clandestinidade. Ou na impunidade, quiçá à custa de chicanas judiciais, se assim quiserem. Dias atrás, pela besteira feita, ela foi presa em Pirassununga, interior de São Paulo, e, segundo dizem, propôs ao ex- uma reconciliação. Diz que casa com o gajo do jeito que ele está – sem os grãos.
 
      Eis aí um caso de doença emocional, psiquiátrica, por excesso do sentimento de posse. E justo se deu com uma médica, pessoa de QI aparentemente normal. Esse mal pernicioso – é lamentável – tem um nome: possessividade.
 
Fort., 05/04/2014.
Gomes da Silveira
Enviado por Gomes da Silveira em 05/04/2014
Reeditado em 05/04/2014
Código do texto: T4757946
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