Hoje resolvi inovar, abordei o tema  de duas maneiras distintas , vamos conferir:                             

                   PINGOS  NOS IS N. 1 (EC)

 
Não, caríssimo (a), a expressão “pingos nos is” não encerra apenas uma situação mal resolvida e que carece de solução,  o seu significado é muito mais profundo; segundo a mestra Ana Cecília Amado Sette através do estudo da GRAFOLOGIA onde aprendemos a nos autoconhecer e a corrigir as falhas que estão impedindo nosso próprio sucesso, podemos constatar o que ora afirmamos, quando nos debruçamos sobre o estudo da letra “i”, que é   a letra da sensibilidade técnica, da inteligência, do “feeling”. Os pingos indicam a concentração, velocidade da ação e atenção. Vejamos pois,  o que significa a forma de cada “pingo”:
Pingos à esquerda:
Podem indicar hesitação, indecisão, cautela, ação demorada, vacilação, insegurança ou medo. É um dos sinais de introversão.
Pingos fracos ou ausentes:
Tendência a negligenciar os detalhes, deveres e obrigações. Podem denotar timidez, insegurança, falta de atenção. Pode ser também sinal de falta de energia e de vitalidade.
Pingos em forma de pequenos  círculos
Pode Indicar que a pessoa é excêntrica, imatura, vaidosa e com desejo de chamar a atenção sobre si.
Pingos à direita ou adiantados:
São próprios de pessoas afetuosas, decididas, com iniciativa e que vêem tudo de maneira fácil. Imaginativas, dinâmicas, espontâneas, impacientes e vivas. Muitas vezes o pensamento antecede a ação.
Pingos em forma de riscos laterais ou verticais:
Indicam rapidez e dinamismo; assumindo a forma do vôo da gaivota, indicam imaginação exuberante e ambição.

Diante do exposto, que cada um, de agora em diante preste atenção ao seu pingo.
                    *****************************
                  PINGOS NOS IS N. 2 (EC)

                     
                             

 
 O  tema de hoje  sugere um acerto de contas de mim cara pálida  para com os meus comigos. Tipo, pingo nos is. Já estou ficando cansada de conviver com estes meus comigos de  olhar de negação,  que tem dias que  não vê mistério no cosmos, não vê mistério na vida. Que recusa o olhar incomum e a perspicácia em captar detalhes. Até a palavra não a quer polivalente.   Manda às favas a conotação e  fica com a denotação. Que aceita Bernardo Guimarães quando diz “profetas talhados em gesso”, disse e explicou e não está nem ai para Manuel Bandeira com seu verso “pedra-sabão lavrada como renda”. Que diz: chegou a tarde e depois dela vem a noite. Descreve a paisagem vislumbrada da janela como um matagal que existia e atearam fogo, os grilos que lá moravam invadiram a sua casa e o seu sono que era bom acabou. E que a sua   declarada vontade é de sair por aí chutando pedras.
E ai entra nesta história  outro comigo, que pedras não chutou, mas o sair por aí aconteceu: seguiu o caminho do mar e foi atraído por ele e se fez contraditório... Foi um olhar incomum que  lançou. E ficou a observar aquele marzão,  manso feito um lago, e o imaginou   com preguiça ou quem sabe feliz pelo vazio de suas praias, por não precisar do amigo vento pra dar movimento às suas águas e fazer surgir as ondas e com elas tentar expulsar de dentro de si tanta gente desconhecida e que vai chegando sem o mínimo de cerimônia, ocupando suas praias, as cobrindo de sujeira, espojando-se na areia e sem pedir licença joga-se  com a maior intimidade por sobre suas águas, mergulhando-as e com braçadas deselegantes tenta rasgar suas entranhas.
Acomodado estava o mar diz mais um  comigo ( com ares de mater dolorosa), acomodado como eu, que mais pareço uma faixa de terra que vez por outra sofre abalos sísmicos para depois se justapor. Anos a fio venho sofrendo  um processo de acomodação de sentimentos com a maestria de fazer inveja à natureza. Nada destruo, embora vez por outra haja ameaça de ativa vulcanização, logo abafada pela falta de sintonia entre o sentir e o deixar fluir, não mais existe força nem motivação, a matéria em fusão natural já não produz a lava e sem lava não há erupção. Vulcão extinto é o que sou

E agora, o pingo cai em cima de qual “i”, ou melhor, em cima de qual“comigo”? Em cima de todos os “comigos”?, ou em cima  de eu, tão somente eu, cara pálida...?

Tema sugerido "pingos nos is". Outros textos versando sobre o mesmo tema serão encontrados neste link: 
http://encantodasletras.50webs.com/pingosnosis.htm
                                                                                                                                                                                           
 
Zélia Maria Freire
Enviado por Zélia Maria Freire em 24/03/2014
Reeditado em 24/03/2014
Código do texto: T4741616
Classificação de conteúdo: seguro