Caneta!

Como és belo, os riscos que percorrem as mais variadas linhas... Letras cursivas que fazem a linha da vida. Vida de amores.

Vida que expressamos por palavras e sentimentos. Amor, passageiros com juras para toda uma eternidade.Linhas que nos levam até o ponto final.

Ponto final, que nem ao menos sabemos como será este fim e ponto. Caneta de pena, com mil formas em sua existência. Mãos que pegam, apertam brincam usam, e quando esgotam as tintas, vão diretas para a lixeira. Expressam os mais variados sentimentos e filosofias humanas. Aceitam finais felizes, e trágicos. Percorrem as mais variadas mãos e bolsos. A caneta é a expressão mais pura que o homem criou. Não mente. A ficção é verdadeira, nem ousa fazer mudanças. Aceita todas as cores sem preconceito ou distinção. Fica em pé, e às vezes deitada, mas sempre disponível para trabalhar. Assina a demissão, e também aceita contratação. É jogada, humilhada e desprezada, quando não realizar mais seu trabalho, ou começar a falhar. Não é muito diferente com o ser humano. Ao manchar uma camisa ou bolso, recebe uma centena de nomes.... Sem expressar a menor reação, mantem-se passiva. Passa por mãos de médicos, engenheiros, pedreiros e lixeiros. Não se revolta, serve a todos com dedicação. Assim é uma caneta magra, encorpada, e com as mais variadas cores e nacionalidades.Todas com a mesma função; Realizar os sonhos e desejos de seus donos.Temos uma única certeza. Ao partirmos ela estará presente, e sem expressar sentimentos, irá escrever: Á causa da morte foi...

Pitter
Enviado por Pitter em 09/03/2014
Reeditado em 09/03/2014
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