Amores de vasos, amores escassos

O Amor é como um vaso, existem inúmeros tipos. Existem vasos frágeis, vasos delicados com detalhes, vasos brutos, vasos resistentes, vasos de barro, vasos de gente.

Cada tipo depende da matéria prima, da forma como foi moldado e do processo para ser formado. Uns passam apenas pelas mãos delicadas do oleiro, que molda-o a seu jeito e estilo, precisando de paciência e tempo, pois depois desse processo a paciência e cuidado são essenciais para tirar o vaso de barro da roda e deixa-lo secar, firmar-se ao seu formato. São estes os vasos de barro.

Outros passam por processos mecânicos, são feitos de cerâmica, vidro, porcelana, entre outros tipos. Aquecidos a altas temperaturas e resfriados depois disso. É um processo de choque, admito. Rápido demais e o resultado....vasos iguais. O destino final de cada um diverge, alguns quebram sem antes ter um dono, outro quebram depois e são substituídos facilmente por outro igual ou melhor. Alguns até permanecem, porém mais à frente quase sempre se procura um vaso melhor ou pelo menos diferente.

Eu no entanto como gostaria dum amor semelhante ao vaso de barro, o qual o oleiro molda até que fique bom ao seus olhos, e se por ventura quebrar ainda molhado, este pode ser refeito e moldado melhor do que imaginado, não será mais o primeiro vaso, mas o mesmo barro renovado em outro estilo!!! Quando finalmente terminado, os ajustes são preparados e por fim com paciência e destreza o oleiro o tira da roda, para deixa-lo firmar com o tempo, sem pressa, até que vire uma verdadeira peça, firme, bonita, como um amor que não expira, nem quebra facilmente, dura quem sabe para sempre. E por favor, preencha-o com flores, palavras doces e sinceras, um vaso não pode fica sem elas!