Comissão dos Direitos Humanos e Minorias: “é permitido proibir”

A Comissão dos Direitos Humanos e Minorias, com o intuito de reparar danos do passado e proteger grupos há muito tempo oprimidos, determinou a edição de duas músicas brasileiras. São elas: “Ovelha Negra”, de Rita Lee, e “Vale Tudo”, de Tim Maia. Numa época em que se discute a censura, como no caso da biografia de Roberto Carlos, a decisão deve gerar polêmica.

Segundo o pastor Marco Feliciano, ex-presidente da comissão, não pega bem usar o termo “negra” para significar algo negativo; é racismo. Ainda mais sendo em relação à “ovelha”, metáfora muito comum para “seguidor” na religião professada pelo parlamentar. Assim, reescrita, a música ficará “Filha, você é o elemento mais deslocado da família” – estabelecendo-se, assim, o sentido denotativo – ou “Filha, você é a hiena da Arca de Noé” – agora, havendo o sentido conotativo -, lembrando que hienas não entraram na arca por serem consideradas animais impuros.

Quanto à composição “Vale Tudo”, a bancada gay, ou LGBTSPEDERASTA, não aprova a passagem “Só não pode dançar homem com homem nem mulher com mulher”. David Brasil, suplente de deputado federal e membro da comissão, defende uma nova versão.

- Que-que tal-tal “po-pode dan-dançar ho-homem com ho-homem mu-mulher com mu-mulher e to-todo mundo ju-junto e mis-misturado”?

Além de reescrever músicas, a comissão também deve atuar em ditados populares. Assim, “em briga de marido e mulher, ninguém mete a colher” deve virar “em briga de marido e mulher, Lei Maria da Penha”.