DEUS OU DEUSES?

Segundo os livros originais do Torah em hebraico os deuses eram dois. Eloin e Adonai e teriam esposas, uma delas se chamaria Ester. Em todas as traduções da Bíblia conhecidas, este fato foi ignorado passando-se a descrever Deus como um único ser dotado de poderes divinos e que teria criado o mundo em que vivemos a partir do nada. Sabemos hoje que a coisa não aconteceu exatamente assim. Suspeita-se entre os cientistas da existência de não apenas um, mas de inúmeros universos que flutuam em membranas. Mas o ser humano graças a capacidade de pensar e sonhar, vive as voltas com fantasias e consome milhões de livros com histórias de vampiros, lobisomens, fadas e outros mitos. Desde a infância temos que aturar a mania que os americanos têm de criar super-heróis com poderes ilimitados e quase sempre com uma cueca sobre a ridícula fantasia, supõe-se que para esconder a anatomia genital, pois tais seres são geralmente assexuados. E desenhar tais heróis com toda a plástica muscular à mostra, fatalmente teria que favorecer o volume criado pela presença de seus órgãos genitais. Então temos que agüentar filmes, não sei porque razão, campeões de bilheteria, como Batman, Homem Aranha e outras bizarras invenções, como Homem de Ferro, Hulk e outros. Maluquices que no passado fizeram o reinado das HQ´S. Já que até agora passados milhares de anos desde o advento da bíblia ninguém conseguiu provar a existência de um Deus. Supomos sua existência porque não temos capacidade de entender sequer o que realmente somos. Ao olhar através de um super microscópio, percebemos que não passamos de uma sopa de partículas, com imensas distâncias entre umas e outras e que tudo no universo obedece as mesmas regras. Tudo como melodias que obedecem a reorganização das mesmas notas ou dos 7 elementos como as 7 notas musicais. Dentro deste contexto escrevo a minha ficção. Mas exceto em raras ocasiões como em “DNAH2” apelo para Vampiros. Prefiro então buscar alimentar a fantasia, mergulhando nas estrelas ou voando através do labirinto espacial dos átomos e suas partículas. Desde Júlio Werner, a ficção científica proporciona um manancial de possibilidades, pois ao contrário dos lobisomens ou vampiros, não há nada já pré-formatado pela inexistência da menor possibilidade de contatos extraterrestres. Aqui existe um campo fértil em que podemos soltar nossa imaginação e levar os leitores a sonhar com fantasias tão impossíveis quanto à existência de Vampiros ou fadas. Como seria um Deus adaptado aos dias de hoje? Vivendo em comunhão com seres humanos tão diferentes entre si? Pensando nisso, tomei as identidades de Adonai e Eloin, como deuses tentando fazer algo por um planeta em que as pessoas simplesmente não entendem ou não querem entender os fundamentos básicos da vida? Deuses de uma longa existência desde a época anterior ao big-bang que até hoje a ciência não conseguiu explicar. Apenas rotulou de singularidade. Convenhamos que para qualquer deus, uma existência eterna embora até agora não tenhamos conseguido entender o significado da palavra, seria fatalmente tediosa e não vejo porque um deus eterno e poderoso viveria como escravo das necessidades humanas, com uma única função atender os mais absurdos pedidos e prover no domingo o perdão aos pecados para que fiéis já devidamente absolvidos julguem-se no direito de voltar a cometer os mesmos pecados?

Lauro Winck
Enviado por Lauro Winck em 18/12/2013
Código do texto: T4617114
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