FIM DOS TEMPOS

Empresta-me a vez, diria com fidalguia alguém que a praticasse. Pois os homens deste tempo perderam a linha, mais fácil seria dizer que a ligação está ruim. Daqui a pouco a conversa é escrita, daqui a pouco o cartão de visita é um perfil verdadeiro costumeiramente preenchido com fotografias de fetiche. Daqui a pouco eu não mais terei amigos. Pouco nos resta, esse é o fim da verdade!

Pensaram em ocultar a história. Trataram de furtá-la ao lado direito do peito. Consideram-na posta à mesa, erraram a mão na massa podre, pois bem, mesa de madeira em pé, toalha de costura indiana, importa o que os homens conquistaram; a história pode ser reversa ao dom, pode ser direta ao gosto, basta que retire os pontos, basta passar Super-Bonder.

Jamais considero ter como fato de querer. Os homens do mundo todo se ligam na internet. Os homens do mundo todo se apresentam como tais. É humano e impossível ver em si a solução: os homens do mundo todo são os homens, não mulheres. Chamar humano inteiro por homem todo faz da história um arcabouço. Ocorre que a culpa será sempre delas. Pergunte a alguém na rua quem foi que perdeu a linha. Não tardará a resposta: elas é que estão perdidas...

A história é o ópio da própria história. Cuidado com as versões que andam espalhando por aí. O que há, afinal, do lado direito do peito?