GOSTO É GOSTO E NÃO SE DISCUTE?

“Pra ficar tudo bem com a gente vamos combinar, nem tudo aquilo que te agrada tem que me agradar”. Pois é, apesar de sabermos que cada um tem as suas preferências, ainda assim teimamos em discutir os gostos alheios. Política, futebol e religião não deveriam ser debatidos jamais da forma como acontece, considerando que todos têm as suas opções, sejam elas quais forem, devendo para tanto ser respeitadas. Mas, infelizmente não é assim que acontece, pois, diariamente nos sujeitamos às diversas controvérsias que se apresentam rotineiramente, levando ao desprazer da discordância. E prova maior disso vemos constantemente nas redes sociais ao nos deparar com certa frequência ao dissabor das polêmicas geradas, onde o debate, por muitas vezes tendencioso, se faz presente. Lamentável constatação. Eu, particularmente, evito entrar em debates de outrem, a menos que eu seja “provocada” para tal, pois acredito que devemos respeitar os espaços alheios - cada um no seu quadrado. É aquele velho ditado que me vem à cabeça neste instante “o seu direito termina quando começa o meu”. O motivo pelo qual estes temas não devem ser discutidos, da forma como são, já que existe muito fanatismo por trás deles. O fanatismo impede a análise dos fatos e impossibilita qualquer raciocínio lógico e ético a partir deste ponto. Logicamente que os temas pautados neste momento, fazem parte da formação do indivíduo, bem como, essenciais, pois o futuro de nossa nação depende do interesse de cada um em formar os seus conceitos e preceitos acerca da nossa cultura. Óbvio que política precisa de discussão, política vive de discussão. O que devemos é respeitar a opção do nosso semelhante quanto à sua doutrina política. Religião é discutível sim, crença não. Futebol é gosto, gosto não se discute, cabendo aqui o respeito ao time escolhido. E, sendo assim, pois então que se discuta sempre, desde que com moderação, lembrando que política, religião e futebol é paixão, é emoção. E que cada qual tem o seu gosto, disso não tenho dúvidas, vai de cada um. Afinal o que seria do verde se não fosse o amarelo?

Maria Sodê
Enviado por Maria Sodê em 25/11/2013
Código do texto: T4585506
Classificação de conteúdo: seguro