SEJAMOS ÉTICOS...

Como todos já devem ter percebido eu não costumo seguir uma linha editorial permanente, tenho meu estilo de escrever, gosto de temas do cotidiano, preferencialmente aqueles que me deixam incomodada, os que me tiram do sério, fazendo com que eu sinta necessidade de desabafar, dividir com outras pessoas. Geralmente meus “assuntos” surgem durante as minhas demoradas e cansativas, porém sempre prazerosas viagens rumo ao trabalho, as quais servem para me fazer pensar, raciocinar, planejar, em fim, pôr as ideias em ordem. E hoje me deparo com o tema ética - “ética deriva do grego ethos (caráter, modo de ser de uma pessoa). Ética é um conjunto de valores morais e princípios que norteiam a conduta humana na sociedade. A ética serve para que haja um equilíbrio e bom funcionamento social, possibilitando que ninguém saia prejudicado. Neste sentido, a ética, embora não possa ser confundida com as leis, está relacionada com o sentimento de justiça social. A ética é construída por uma sociedade com base nos valores históricos e culturais. Do ponto de vista da Filosofia, a Ética é uma ciência que estuda os valores e princípios morais de uma sociedade e seus grupos e que lamentavelmente está em falta no “mercado”, sendo que frequentemente nos deparamos com a inexistência dela no nosso meio profissional, bem como em locais públicos como salões de beleza, consultórios médicos, filas no banco, etc e tal...Pois bem, numa tarde destas me deparei com algo que me deixou simplesmente perplexa diante das informações que involuntariamente obtive enquanto aguardava uma consulta médica. Uma senhora em alto e bom tom “confidenciava” à outra senhora sobre um parente que teria falecido nos últimos dias e de que forma a viúva do falecido vinha se comportando perante à sociedade. A “informante” ainda dizia à “ouvinte” de que estava confiando-lhe aquele segredo, esquecendo porém de que tinha uma plateia compartilhando de tais informações, também não se importando com quem fazia parte dessa plateia, pois coincidentemente eu conhecia os “personagens” do conto da referida “informante”, (risos). O caso seria cômico se não fosse triste, cômico pelo fato de a pessoa não tomar o cuidado para falar publicamente sobre assuntos tão familiares e delicados e triste por eu constatar o quanto somos frágeis perante às línguas alheias. Por isso convém sempre tomarmos muito cuidado ao falar determinados assuntos em lugares públicos, pois nunca sabemos quem nos escuta e de pessoas mal intencionadas o mundo está saturado. É tão salutar falarmos sobre coisas agradáveis, então vamos nos limitar a falar somente o necessário em locais frequentados por muitas pessoas...sejamos menos maledicentes e mais maduros ao espalharmos determinadas informações...vamos respeitar os ouvidos alheios pois nem todos possuem disposição para acompanharem algumas falas, tornando-se desconfortável para quem escuta. Lembre-se que palavras jogadas ao vento se espalham facilmente. Por isso, antes de contar algo procure passar pelo crivo das três peneiras de Sócrates “a verdade, a bondade e a necessidade”. Se passar pelas três peneiras, conte! Tanto eu, quanto você e os outros iremos nos beneficiar. Caso contrário, esqueça e enterre tudo. Será uma fofoca a menos para envenenar o ambiente e fomentar a discórdia entre irmãos. Devemos ser sempre a estação terminal de qualquer comentário infeliz! Da próxima vez que ouvir algo, antes de ceder ao impulso de passá-lo adiante, submeta-o ao crivo das três peneiras por que pessoas sábias falam sobre ideias; pessoas comuns falam sobre coisas e pessoas medíocres falam sobre pessoas. FICA A DICA...

Maria Sodê
Enviado por Maria Sodê em 05/11/2013
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