Esquisitices nossas de cada dia

Desde tenra idade, tenho o hábito de observar a conduta humana, seus mais íntimos segredos, seus medos, suas esquisitices, atitudes diante de situações variadas, inseguranças, ousadia, destempero , dentre outros requisitos.

Era engraçado quando eu, mesmo tão menina, costumava 'provocar' , ou quem sabe, atiçar, instigar, meus coleguinhas e ficar de prontidão aguardando suas reações diante das minhas atitudes planejadas. Nossa, eu era muito pequena ainda, mas já tinha essa visão de observar como as pessoas reagiriam diante de uma atitude criada, iniciada por mim.

Vi muita coisa.

Cada coleguinha reagia de uma maneira diferente.

Alguns, sentindo-se sob pressão, se descontrolavam; outros diziam: Você está me testando, não é, Fátima?; outros me enfrentavam de forma veemente; já outros ficavam de cara amarrada não esboçando nenhuma atitude, no entanto, o fato de ficar de cara feia já dizia muita coisa.

E assim, apreciadora de pessoas, permaneço até hoje. Não no sentido de instigar, mas de observar seus comportamentos estranhos e esquisitos. Sim, o homem é esquisito mesmo. Sou também, ora! Faço parte da classe denominada humana!

Tem situações que deixo pensarem que sou boba, burrinha, lerda, retardada, insana, atarantada, tagarela, impulsiva e outros adjetivos nada atraentes.

Sorrio dentro em mim, pois amadureci e permaneço deixando as pessoas mais desavisadas totalmente confusas acerca de minha real identidade e não abro a guarda da minha privacidade para 'seu ninguém'. É proibido mexer no sagrado de cada um. Isto faz parte da minha lei. Cuide da sua vida! Eis o meu lema!

Ora, você pensa: Mas neste artigo você está se revelando, cara poetisa!

Mais um engano seu, nobre leitor!

Te peguei direitinho!

Estou apenas confundindo ainda mais a cabeça de quem deseja entender meus pormenores, minha essência.

Lamento informar, mas isto, nem meus filhos, nem meu marido, nem meus poucos e íntimos amigos podem contemplar.

Costumo dizer: Minha alma tem segredos que apenas eu conheço. Por vezes até desconheço! Parece uma contradição, mas quem entende o coração?

Um poeta brilhantemente assim falou:

O que tu vês é só parte do meu 'eu',

E esta parte é a menos importante.

A minha alma você não consegue ter,

O 'eu' espírito, passa dela, vai adiante!

O que tu vês é só parte de um todo,

São aspectos de um ser incompleto,

Eu me apresento apenas com o físico,

Pois o espírito jamais vai ser descoberto.

Tenho um único aliado, um único parceiro, um único amigo que, este sim, ao invés de me revelar para ele, ele retrata, esmiúça em detalhes meu caráter, manias e estilo de vida. Ele tem um Nome: Jesus Cristo.

Mas, deixa Ele lá no cantinho Dele que o assunto primordial desta crônica é comportamental e nada espiritual.

Finalizando: não julgue pela aparência, que você se engana redondamente! Vá além, busque interpretar as pessoas. Decifre-as.

Já escrevi que pessoas são como livros: Precisam ser lidas. Por vezes, livros com capas nada atraentes tem histórias belíssimas!

Fátima Burégio
Enviado por Fátima Burégio em 27/10/2013
Reeditado em 27/10/2013
Código do texto: T4544426
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