OS BEAGLES DO INSTITUTO ROYAL

Vibrei pela participação corajosa do grupo de ativistas, no caso dos beagles do instituto royal.
Em muitos países as experiências usando animais, foram banidas.
Tenho três cães em minha casa, dois deles recolhidos das ruas, em situações precárias.
Tenho fotos da Nola, a última integrante da matilha, quando chegou, e semanas depois, parece outra cachorra, o olhar, mudou. No dia que a resgatamos, ela chorava de tristeza, dias depois, sorria com os olhos.

Sou vegetariana por opção. E o primeiro motivo que levou-me a tornar-me, foi o amor aos animais.
Vinda de uma infância em uma vila remota do interior, onde era comum, criar-se porco, galinha, peru, pato, cabrito, e até vaca, nos imensos quintais, de nossas casas, que mais pareciam uma chácara. Sei, por experiência própria, da tristeza e pânico que os bichos sentem na véspera e hora que serão mortos.
Meu pai separava o porco escolhido para o abate do restante dos outros, horas antes de acontecer. Me lembro da dor e desespero no olhar deles, olhavam para mim, pedindo ajuda. Hoje, tenho certeza: eles sabiam que iam morrer.

O que um assunto tem haver com o outro? eu direi, no meu entender, tem muito.
Claro, que vibrei pela soltura dos pobres cãezinhos do Royal. Mas, na hora fiquei pensando: e as vacas, bois, porcos, cordeiros, galinhas, frangos, que sabemos, são hoje criados em cruéis condições, para atender o crescente mercado consumidor, ávido por carne, a maioria deles são transportados em caminhões, que muitas vezes já vimos, pelas rodovias, seguem apertados, alguns morrendo sem ar, pelo caminho.
Eles, também, não merecem serem soltos? Será que não tem direito a vida sem crueldades, tanto quanto tem os beagles? 

Todos eles são animais, assim como os  cachorros do instituto royal.
Sentem medo, dor, desespero, tristeza, da mesma forma.
Alias, é recente a conclusão de pesquisas feita pelos cientistas, onde concluem, que os animais tem sentimentos.
Algo que eu, sempre soube, e nem precisei ser cientista para isso.
Não sou uma vegetariana que faz discurso à mesa de almoço, quem quer se alimentar com carne é livre para isso. Eu mesma, o fiz até anos atrás. 
Meu pensamento, gira em torno do por que será que escolhemos amar tanto os cães, e na maioria das vezes fechar os olhos a crueldade que se pratica com outros animais ?

Gostaria muito, que todos os animais fossem tratados com respeito, afinal, ate a ciência já comprovou que eles tem sentimentos.


(Imagem: Lenapena )
Lenapena
Enviado por Lenapena em 19/10/2013
Reeditado em 19/10/2013
Código do texto: T4532086
Classificação de conteúdo: seguro