Setas

Não corra, vire, entra, saia. As placas e recados espalhdos pelas cidades nos dizem coisas diversas, mas muitas vezes sem sentido algum. Aqui perto de meu serviço há uma muita estranha: PROIBIDO ENTRAR OU PERMANECER COMENDO.

Se alguém não pode nem entrar comendo, o que dirá de começar a comer lá dentro?! Negócio esquisito. Ainda não me aventurei a tentar tal monobra, corro o risco de estar degustando algo delicioso e sair de lá sem nada nas mãos.

Outra, essa já mais conhecida, é sobre anúncios de emprego. PRECISA-SE DE MOÇA, MAIOR, COM EXPERIÊNCIA EM CARTEIRA, ATÉ 18 ANOS, DISPONIBILIDADE DE HORÁRIO E INGLÊS/ESPANHOL INTERMEDIÁRIO. Hoje parece que as pessoas começam a trabalhar muito tarde, não sei. Alguém que tenha no máximo 18 anos já pode ter seis meses de experiência em carteira? E ainda por cima dois idiomas, fora o nativo? Sim, um despropósito, claro.

Dentre as placas, uma me chama sempre a atenção: ATENÇÃO Srs. PICHADORES: CONTRIBUÍMOS COM (...). Alguns desses lugares, praticamente todos, possuem uma péssima conservação, dentro e fora. A pergunta que fica é como um lugar usa uma instituição de caridade como escudo. Será mesmo que algum dinheiro é repassado nisso? Fica a dúvida, sempre a dúvida.

Isso tudo me fez lembrar aquela crônica do Sabino, em que o autor passou por uma situação “implacável” sobre elevadores. Bom, por fim fico com a placa clássica de hospitais: SILÊNCIO...