ATÉ TU, BRUTA?


Segunda-feira,


- Para qual dia é o próximo exercício criativo do EC?
- Para o dia 2 de setembro.
- E qual o tema?
- Ciúme.
- Ah, tá. – Ih! Tanta coisa se pode falar sobre ciúme que nem sei por onde começar, mas vou dar um jeito. Só não pode ser hoje, porque segunda-feira, depois do expediente, o meu humor não me permite essas extravagâncias mentais.
 
Terça-feira,
- Não posso me esquecer do texto do EC, senão a Nena me expulsa. Já esqueci uma vez e não vou me perdoar se acontecer de novo. Mas dá tempo ainda. Hoje vou pro Face.
 
Quarta-feira,  
- Mãe, você pode ficar com as crianças, pra eu ir ao cinema?
- Claro, filha. – Vou dizer não pra filha?
 
Quinta-feira,
- Hoje eu vou escrever o texto. Sobre o que era, mesmo? Ah, sim, o ciúme. – Hum, deixe-me ver... vou falar sobre os ciúmes que já senti, os que eu sinto, ou dos que já fugi de tanto que me aporrinharam? Quem sabe um conto fictício, ou uma poesia? – Não, hoje não sai nada. O jeito é dormir.

Sexta-feira,
- Mãe, você pode vir dormir aqui em casa, porque eu preciso sair amanhã de manhã e não posso levar as crianças?
- De novo? (pensei) – Claro, filha (respondi).  - Escrever e cuidar de netas são prazeres inconciliáveis. Mas ainda dá tempo.
 
Sábado,
- Puxa! É noite, já, e só agora fui devolvida a minha casa. Toda impregnada do perfume das minhas queridas, e cansada...muito cansada.
- Ah! Quer saber? Amanhã é domingo, lavo a roupa da semana bem rapidinho, dou uma passada no Face também rapidinha, faço essa ... do texto e pronto. Não vai sair com a qualidade que deveria, mas enfim, o importante é cumprir o compromisso. No próximo tema eu capricho mais.
 
Domingo, 01 de setembro
- Percebeu que só hoje eu consegui juntar o dia da semana com o dia do mês? Não tenho memória pra certas coisas.
- Puxa! Seis horas da tarde e eu ainda não escrevi nem uma linha. Atenção, neurônios, no 3... 1,2,3...
- Ufa! São 9 horas, mas o texto tá pronto. Quer dizer, quase pronto, só falta a última frase, aquela que deverá fechar todo o contexto, de preferência uma bela mensagem ao leitor  (frescura minha). – Vou tomar banho, esfrio a cabeça, e na hora de postar invento qualquer coisa.
Eu sempre posto o texto na noite da véspera, porque não posso escrever no computador com o qual trabalho, então só posto no Site do Escritor (que ninguém lê) e no dia, é só abrir para o Recanto. – Beleza.
 
 23:48 – Tecnicamente, lá no Sul (temos fuso de uma hora) já é dia 2,  hora de postar. – Cadê o link, para eu colocar no rodapé do texto?
Vou lá nos meus Favoritos pra dar um Ctrl C e...
 
M@#$%I%A !!! Não era CIÚME !! Era sobre TRAIÇÃO!!!
 
P@*#A Q#$%A%$U ! – E agora? Amanhã é segunda braba e eu tenho que dormir! Como a minha memória pôde me TRAIR desse jeito?

- Bom,  ficar aqui xingando não vai resolver nada, vamos às opções: - 1) escrever um texto em meia hora, cerrando os dentes. 2) Amanhã clamar por perdão (de novo) para a Nena e tentar explicar que não foi por querer e 3) contar a verdade aos colegas, aproveitando justamente o tema, já que a traição mais puta que se pode fazer com a gente é a gente mesmo.
- Agora só falta a frase final (a bela mensagem): ... ... ... ...
- O pior tipo de traição a que estamos sujeitos, é quando nos deixamos trair pela necessidade, e não pelo nossos desejos. – (Ou mais ou menos isso, não dá tempo de pensar se fez sentido ou não...).






Este texto faz parte do Exercício Criativo. Leia os outros autores.
Acesse o link:
http://encantodasletras.50webs.com/traicao.htm
 
Alice Gomes
Enviado por Alice Gomes em 02/09/2013
Reeditado em 02/09/2013
Código do texto: T4462673
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