Crônica teste

Queria ter uma crônica, compôr uma, por mais bobo que fosse o motivo. E para isso procurei ajuda para o jovem google. É que vamos acumulando tantas novas culturas, que esquecemos aquelas que aprendemos no colégio, e por falar em colégio, quantas saudades que tenho dos meus cinquenta quilinhos muito mal distribuídos. Só tinha osso naqueles tempos difíceis, mas também, não lembro em circunstância alguma sentir fome. E o que é fome? Fome é esse sentimento medíocre que dá na gente, é esse buraco fundo no corpo que de tão fundo e não contente com isso, abriga um monstro insaciável na região abdominal, e pra variar ele se irrita se for comida demais. Resmunga choco, vomita palavrões e defeca incessantemente se ele por um motivo estiver zangado. Mas dai você que está lendo pensa, não tem um motivo mais tosco para essa pessoa estar escrevendo isso a essas horas não? Eu te repondo já, eu até poderia estar escrevendo algo que preste, poderia estar roubando, matando, colocando uma melancia na cabeça, fazendo malabarismos com laranja, mas a minha fome não deixa. Eu não sei como, onde, quando, que esse sentimento se aflorou, e já não sei o que faço para adormece-lo... Eu tento engana-lo quando penso nos meus setenta quilos, e esse número está me consumindo. Ou será a fome? A tv é uma péssima influencia, eu já deveria ter constatado por outros fatores inteligentes, como a mentirada da novela, mas nada agora me faz tanta mentira quanto aquele chocolate que passa... Mas eu penso nos meus setenta quilos, e me abraço com minha barrinha de cereal light, o monstro que vive lá em baixo, me aperta tanto que eu já sinto corroer o que não é vazio, num imenso buraco negro. E eu fico escrevendo minha primeira crônica, que nem sei se enquadra nesse estilo um texto tão pobre de uma viciada em comer mas que tem a esperança que o mais tolo dos monstro não a vença, que ela o supere, que tenha força de vontade o suficiente para voltar ao numero 38, porque sinto se ela vencer esse, ela pode vencer os outros... já que o numero 44 é grande, assim como qualquer problema aparentemente não solucionável, mas a força, fé quebra qualquer número, medo, e torna todos os monstros superáveis. Do mais tolo, ao mais feroz.

Keith Danila
Enviado por Keith Danila em 28/08/2013
Código do texto: T4455104
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