O QUE É E O QUE NÃO É AMOR.....

Tenho uma certa resistência em aceitar que casais se formam por amor, quanto mais observo e leio a respeito esse tal amor “eros” vai se desmistificando, talvez eu esteja me desintoxicando desse cultura romântica de livros, filmes e novelas que moldam nossa visão de mundo e nos impede o senso crítico, parece ser um discurso frio, mas fatos são fatos, frios ou quentes.

Amor não se define, e como diria Drummond “Só se aprende amar, amando” a gente tenta, erra, acerta e prossegue sem saber direito o que amamos e nem porque amamos, ou... se amamos, na falta de um conceito procuramos nominar o que sentimos de “amor”.

Acredito que amor de verdade é apenas o de Deus para com seus filhos, um amor desinteressado, e que não exige retribuição e nem ao menos reconhecimento, Deus ama seus filhos simplesmente por serem seus filhos, em segundo lugar talvez eu citaria o amor de pais para com os filhos, mas vez por outra vemos notícias de genitores que matam, maltratam ou abandonam sua prole , é um amor mais próximo do Divino, quando exercido com a excelência que se espera dele.

Entre amigos, existe uma afinidade de gostos, objetivos e personalidades, temos amigos porque gostamos de sair da rotina, precisamos de alguém para conversar e nos compreender e isso muitas vezes não está no seio familiar, quando queremos diversão, alguns momentos de lazer, lá estão eles, não creio que amigos se unem e se sustentam por amor, amizades se formam por afinidades de gostos e tendências visando objetivos comuns e que sejam mutuamente satisfatórios, isso está longe de ser amor. Amor não exige retribuição, ele não precisa ser renovado nem fortalecido por nada externo, eis aí porque apenas Deus realmente ama.

Os casais que se formam, seja que idade tenham, se formam por interesses um pouco mais complexo, ligados puramente a instintos e necessidades físicas e psicologicas; O ser humano não vem sobrevivendo há 200 mil anos ficando sozinho, sem coimpanheiros (a), então primeiramente o que move alguém a ter um relacionamento conjugal é o instinto de sobrevivencia, motivado pela solidão, pois família não é eterna, amigos tem os seus próprios interesses e uma hora se afastam.

De longe, isso está longe de ser amor.

Igualmente, não é amor a necessidade sexual, não necessariamente precisa-se estar em um relacionamento estável para isso, mas a segurança que um parceiro fixo proporciona garante mais prazer e estabelece confiança, com isso a vida flui, esse segundo motivo de formação de casais é mais comum entre religiosos tradicionais, que costumam namorar muito pouco e se casam muito mais cedo do que os que não praticam uma religião, não podendo ter relações sexuais antes do casamento, acabam contraindo núpcias movidos pela curiosidade pelo mundo sexual, um se guardando para o outro é interpretado como uma prova de amor mútuo, e aí vemos o amor com uma nova roupagem, quando na verdade o que motivou o casamento foi a vontade de fazer sexo, e o medo de que se fizerem fora das regras irão para o lago de fogo e enxofre.

Casais não se amam: eles estão juntos por interesses em comum, e porque um corresponde ao que o outro espera dele e satisfaz as suas necessidades fisicas e psicológicas, além do medo de solidão, isso a ciência prova por “A” mais “B”

Nas relações entre os casais é necessária a via de mão- dupla, um precisa corresponder ao que o outro espera, um precisa satisfazer as necessidades do outro, sejam quais forem: diálogo, sexo, companherismo, cuidado, etc, relacionamentos são contratos bilaterais, nada mais do que isso, já o amor não necessita ser alimentado, ele é inesgotável, não procura os próprios interesses mas sim o interesse dos outros, eu diria que a caridade para com o próximo a exemplo do grandes missionários que já passaram pelo planeta, é sem dúvida a prova mais do que clara que o amor existe, mas que é algo unicamente praticado por Deus, por si mesmo ou por benditos irmãos que aqui nascem.

Em tempo: A ciência ainda não consegue explicar o que faz o homem ser altruísta, pois do ponto de vista material e evolutivo faz mais sentido pensar somente em si mesmo para preservar a espécie. Quando puderem desvendar o que para eles é um mistério, então teremos a definição científica do que é o amor.

07/08/2013