"VEJAM COMO ELES SE AMAM"

Estes jovens do mundo inteiro vieram sacudir os nossos corações, abrir as nossas cabeças e nos mostrar que a mudança para melhor não é somente possível como é provável, basta a gente querer. Esta Jornada Mundial da Juventude nos lembra que o intróito da missa em latim é uma verdade verdadeira: “Ad Deum qui laetificat juventutem meam” – “To God, the joy of my youth” – “Ao Deus que alegra a minha juventude”. Ora se Deus alegra a nossa juventude, este mesmo Deus CONSERVA a nossa juventude. Somos jovens em nome daquele Deus que está pronto a nos alegrar. Nestes dias da JMJ o Brasil inteiro está sendo sacudido por uma brisa alegre e feliz, é a chamada brisa da juventude.

Todas as igrejas e capelas do Rio de Janeiro estão acolhendo os jovens, onde, com honra e glória, acontecem missas em quase todas as línguas.

Hoje, no Largo da Carioca, bem em frente ao belíssimo convento de Santo Antonio, foram armadas tendas, barracas, num congraçamento sem precedentes na história desta Jornada: frades, rapazes e moças se revezando em atender moradores de rua: davam banho em mendigos e mendigas; cortavam cabelos, faziam barba, trocavam roupas maltrapilhas por vestimentas limpas; faziam unhas de mendigas e pintava-as com esmalte (unhas das mãos e dos pés), limpavam unhas de todos e, com todos os mendigos, os frades e jovens repartiam a refeição. Este ato de amor foi ostensivo. As irmãs da Caridade (Ordem de Madre Teresa de Calcutá) fazem isso nas caladas da noite. Foi uma autêntica demonstração da partilha, jovens que, mediante um movimento paroquial, juntaram dinheiro durante três anos para virem ao Rio de Janeiro com a missão motivada pelo chamamento do amor – visitas aos pontos turísticos sem se esquecerem de mostrar amor ao próximo. Esta juventude surpreende.

À noite, no Largo da Lapa eles se divertem, cantam e dançam ao som das músicas do MPB (desde que tenham apelo altruístico) e das bandas católicas. Sentam nas mesas de bares pedem sanduíches e refrigerantes ou sucos, nada de bebidas alcoólicas. Mesmo em línguas diferentes, eles se comunicam satisfatoriamente, tornam-se “velhos amigos”, trocam e-mails, tiram fotografias, eles “falam a língua do amor” em conformidade com o relato dos Atos dos Apóstolos. Foi o testemunho do amor, conforme o relato dos Atos dos Apóstolos (cap 2 e 4) que provocou a conversão dos pagãos: “Vejam como eles se amam”. Este relato chegou-nos pela Tradição viva que os pagãos, nos inícios do cristianismo, se convertiam ao ver o testemunho dos cristãos.

Hoje, a Via Sacra foi comovente, o Padre Zezinho e Padre Jorginho, adaptaram aos dias atuais as cenas da Paixão de Cristo na certeza de uma plena Ressurreição. “Com grande poder, os apóstolos davam testemunho da ressurreição do Senhor Jesus” (At 4,33).

Com certeza, os jovens levarão para suas casas esta afirmação: “Por isso, quero exortar-te a reavivar o carisma que Deus te concedeu pela imposição de minhas mãos. Pois Deus não nos deu um espírito de covardia, mas de força, de amor e de moderação. Portanto, não te envergonhes de testemunhar a favor de nosso Senhor, nem te envergonhes de mim, seu prisioneiro; mas, sustentado pela força de Deus, sofre comigo pelo evangelho” (2Tm 1,6-8).

Este povo de Deus ungido pela graça divina sempre se lembrará deste grande acontecimento: “Portanto, com tamanha nuvem de testemunhas em torno de nós, deixemos de lado tudo o que nos

atrapalha e o pecado que nos envolve. Corramos com perseverança na competição que nos é proposta, com os olhos fixos em Jesus, que vai à frente da nossa fé e a leva à perfeição” (Hb 12, 1-2).

O Papa Francisco, com certeza, verdadeiramente fascinado pela acolhida, exclama: Jovens, vocês precisam participar da política, avaliar os candidatos, votar na pessoa certa! Não lavem as mãos como Pilatos! Afinal, vocês tem duas opções: ou agirem como Pilatos ou se tornarem um Cireneu.

A Via Sacra foi perfeita e comovente...

clira
Enviado por clira em 26/07/2013
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