Nasce o príncipe, fortalece-se a Nação...

Nasceu o futuro Rei ! Esse foi o grito uníssono dado pelos Ingleses essa semana. Eu, como um idealista político, defensor incondicional da Monarquia Constitucional Parlamentarista não pude deixar de notar que a Inglaterra se uniu em torno da expectativa do nascimento do pequeno príncipe, não com aquela aura de mistério e divindade que havia nos regimes absolutistas do passado, não por interesse partidário cheio de paixões, mas porque o Monarca está no imaginário daquela nação e diga-se muito longe de ser um salvador, porém, como símbolo da unidade nacional, costumes, valores e histórias daquele povo, isso é verdadeiramente a democracia que tanto lemos mas que pouco vivemos, quando temos por símbolo uma instituição milenar que convive harmoniosamente com as leis, com o parlamento, que se identifica com o povo, estamos diante da verdadeira democracia, que é muito mais do que o raciocínio simplista de somente “votar e ser votado” . O nascimento de um monarca significa que a estabilidade continua, que as crenças, valores e história do povo continuam se renovando e que ainda existe união, é literalmente uma instituição viva e encarnada que está acima das disputas partidárias, acima das mesquinharias da política, ela representa o povo personifica o que há de mais sagrado na nação; romantismo? Pieguice? Talvez... mas o que seria de uma nação sem orgulho e sem poesia ? Não é somente porque eu defenda incondicionalmente a monarquia como a melhor, mais democrática e mais moderna forma de governo de todas, mas é inconstável que um evento como o nascimento de um membro da família real causa muito mais encantamento do que o mero voto em uma república comum e sem graça como a nossa. Um encantamento em um povo economicamente mais forte, intelectualmente e socialmente mais avançados do que nós, republicanos modernos e “democráticos”.

A Inglaterra tem lá seus problemas, mas existem outrossim a segurança que o País, apesar disso, prossegue e, desde ontem, prossegue “em berço esplêndido”.