O SANTO E O MUNDANO

Recententemente li uma reportagem no Jornal Local aqui da minha região sobre a nova estratégia das igrejas tanto católicas quanto evangélicas para arregimentar jovens para suas hostes de fiéis, que consiste em utilizar música eletrônica, luzes, e todo o ambiente de uma danceteria secular,claro, que estão proibidas as bebida alcoólicas, o cigarro, drogas e a promiscuidade, a intenção é trazer coisas do mundo para dentro da igreja a fim de tirar os jovens do mundo.

A questão dos jovens x religião é espinhosa, pois é muito dificil um jovem seguir algum credo por simples vontade e convicção, na maioria das vezes, ele é levado pelos pais ou parentes e para ele aquilo é todo um ritual sem sentido, as pregações se revestem de um moralismo chato que não condiz com o que ele sente ou procura nessa fase, após alguns anos quando a maturidade lhe aflora, ou em caso de extrema necessidade ele se converte ou retorna ao caminho deixado e então se torna um fervoroso aderente da crença religiosa.

Até compreendo a visão desse movimento, pois o que fazer para atrair essas almas neófitas? Não é fácil causar empolgação usando-se um livro de mais de 2.000 anos de idade, por mais inspirado que ele possa ser, e o velho sistema de “um fala enquanto todos ouvem”, jovens querem ser ouvidos, compreendidos e participativos, nesse caso a velha máxima de “O fim justificam os meios” parece ser explicável; o maior cuidado a ser tomado é não se confundir o santo com o mundano, pois a visão da Igreja sobre a vida, é diferente e isso deve ficar bem claro na mente de qualquer pessoa, sobretudo a do jovem, caso ele encontre dentro da igreja a mesma coisa que encontra no mundo, não irá mudar o caminho, a Igreja sempre foi e deve continuar sendo uma alternativa, infelizmente é sempre a última , quando tudo o mais perde a ilusão, quando deveria sempre ser a opção mais inteligente: a opção pela fé, pelos principios de vida, de família e relacionamento com Deus, nenhuma outra instituição no mundo recupera tantos indivíduos, reconstrói tantos lares e dá mais sentido à vida do que as igrejas e suas doutrinas, as religiões sinceras que pregam o bem e o amor a Deus são a salvaguarda da sociedade, são instrumentos de Deus para que a humanidade não se destrua, pois sem a moral, sem o temor e sem a noção de certo e errado que advém da crença em um Deus a humanidade estaria entregue a si mesma, sem esperança e sem a perspectiva do melhor.

Meu desejo sincero é que se abram mais e mais igrejas católicas, evangélicas com música eletrônica, com música sacra, com sermões chatos, modernos, que pedem dízimo, que não pedem nada, e que se abram menos pontos para consumo de drogas, de bebidas alcoólicas, e que haja menos divórcios traumáticos para crianças, menos adultérios, menos abandono de lares.