A televisão brasileira.


Sem dúvida os programas de televisão hoje apresentados muito influenciam a conduta das pessoas, e o que é pior, penso, não para a formação ou manutenção dos bons costumes, mas ao contrário, sobretudo, quando temos uma sociedade fragilizada como a nossa.

Mas nem por isto deixarei de ser a “água mole a bater”, até que possa conscientizar, mesmo que uma pessoa, que quanto menos programas de televisão ela assistir, com certeza, estará mais enriquecida e menos vulnerável às más tendências que ela causa.

Não se trata de radicalismo, mas sim e simplesmente por entender que cada um de nós deve ser agente de mudança do mundo em que vivemos, e do qual todos nós reclamamos que é agressivo, inseguro e impiedoso e, por certo a televisão, neste caso, não é a melhor conselheira, pois os exemplos que dela temos não são os melhores.

Não é necessário assistir mais de cinco minutos por dia para ser ver, na novela, nos filmes, nos reality shows, tais como “bbb” e “fazenda”, que nada trazem de construtivo, que têm como mote principal fatos desagregadores da estrutura familiar.

Diz Felipe de Aquino, filósofo atuante no grupo Canção Nova, em Cachoeira Paulista, em sua obra “Família, Santuário da Vida” que “Precisamos estar atentos para a pregação sistemática dos valores anti-cristãos que a televisão faz hoje, e alertar nossos filhos sobre os embustes da TV, procurando despertar neles o senso crítico para que não aceitem passivamente tudo que vêem na tela”.

A televisão exerce grande influência no comportamento das pessoas, principalmente por trazer soluções fáceis e casos já resolvidos, não impondo necessidade de pensar e raciocinar em nada, mas somente absorver aquilo que ela impunemente veicula.

Digo impunemente, pois em nome da liberdade de expressão, da democracia e principalmente do medo, nossos governantes (?) deixam que tudo corra de forma frouxa, sem qualquer fiscalização ou imposição ética. Isto é triste, Mas é nossa realidade.

Não se vê hoje na televisão brasileira uma só novela, o ópio das noites brasileiras, que não tenha troca de casais, brigas e agressões, de bebidas, traições e tantos outros modelos perniciosos à família.

Nos comerciais os exemplos também não são dos melhores, pois mostram o sucesso e poder fáceis, como se tudo fosse possível de ser resolvido num passe de mágica, cabendo aqui trazer afirmação de Goebels, que foi propagandista de Hitler “mintam, mintam, sempre fica alguma coisa”.

É o que a TV faz conosco: mente sempre e o que nos fica não é nada exemplar.

Disse Dom Lucas Mendes no Jornal do Brasil: “Acuso a TV brasileira de destilar em sua programação e instalar nos telespectadores, inclusive jovens e adolescentes, uma concepção totalmente aética da vida: triunfo da esperteza, do furto, do ganho fácil, do estelionato.

Qual a novela que propôs ideais nobres de serviço ao próximo, de construção de uma comunidade melhor ? Em lugar disso as telenovelas oferecem à população empobrecida, como modelo ideal, as aventuras de uma burguesia em decomposição, mas de algum modo atraente”.


Há possibilidade de mudança. Faça uma experiência: deixe de assistir a TV uma noite e no horário em que deveria estar fazendo isto, convide sua família e vá para a sala e converse sobre muitas coisas que lhe são importantes, e que já faz muito tempo que a televisão não lhe deixa fazer. Experimente !

 
Brasilino Neto
Enviado por Brasilino Neto em 21/07/2013
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